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2007-07-12
As obras da nova fábrica de celulose branqueada da Aracruz em Guaíba devem começar entre março e maio de 2008. A informação foi divulgada pelo diretor-presidente da empresa, Carlos Aguiar, na manhã de ontem (11/07) durante encontro com a governadora Yeda Crusius no Palácio Piratini. Segundo explicou o executivo, com a nova planta a unidade gaúcha terá ampliada sua capacidade de produção das atuais 450 mil toneladas para 1,8 milhão de toneladas por ano. O aporte de investimentos, levando em conta hidrovias e a base florestal, motivo de polêmica no Estado, poderá chegar a dois bilhões de dólares.

Desde 2003 já foram investidos no Estado cerca de US$ 700 milhões, sendo que duzentos milhões já foram aplicados na nova planta que deverá ter sua aprovação final pelo Conselho de Administração neste dezembro próximo. Somente no projeto do Terminal Portuário em Rio Pardo, a gigante da celulose planeja despejar 40 milhões de reais. O anúncio foi feito no ano passado e sua construção deve começar em janeiro do ano que vem. A idéia é que o terminal sirva para transportar duas mil toneladas de madeira até a fábrica de Guaíba.

Segundo o diretor-florestal da Aracruz, Walter Lídio Nunes, o terminal se juntará aos de Rio Pardo, São José do Norte e Cachoeira do Sul e darão condições da nova planta começar a operar já em março de 2010. "Rio Pardo e Cachoeira do Sul farão o transporte de madeira, enquanto os de Guaíba e São José do Norte carregarão celulose", explicou.

A governadora Yeda Crusius comemorou a confirmação dos investimentos no Estado. A tucana disse acreditar que eles poderão transformar todo o "Rio Grande a partir da sua metade ao sul".

Alheio à toda polêmica em torno dos plantios de eucalipto e sobre o Zoneamento Ambiental da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Nunes informou à governadora que a compra de terras e o plantio de eucalipto serão ampliados. A expectativa da empresa é a de chegar aos 250 mil hectares. Hoje a empresa tem pouco mais de 100 mil hectares de florestas eucaliptianas.

Nunes garantiu que 90% dos hectares plantados terão área de preservação ambiental com reservas florestais nativas e que a Aracruz manterá programas de treinamento e capacitação a ser desenvolvido em conjunto com o governo do Estado.

Para Luciana Picoli, uma das coordenadoras da Campanha Monocultura do Núcleo Amigos da Terra Brasil (NAT), a preservação de florestas nativas da Aracruz é uma falácia. Primeiro, explica ela, porque os plantios são concentrados no bioma Pampa, portanto, em vegetação de gramíneas e não em florestas. Segundo, porque os ambientalistas não acreditam que a empresa vá respeitar o Zoneamento Ambiental da Fepam. Luciana lembra ainda que o Ministério Público determinou a exigência de Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) para plantios acima de 100 mil hectares. "Será que eles vão fazer esses estudos antes de comprar terras", questiona. De acordo com Luciana, depois de adquirir as terras não adianta mais.

Antes, a floresta
Com relação a um possível entrave no licenciamento ambiental, Nunes demonstrou confiança. "A solução ambiental da Aracruz para o processo industrial não deverá ter problemas de licenciamento". O executivo completou: "Mas antes da fábrica vem a floresta, e nós já começamos a expansão florestal".

A governadora assina embaixo. Segundo ela, o maior entrave era o conjunto de licenças para o planejamento de máquinas, preparação de hidrovias e construção de portos. "O governo vai se preparar para fornecer mão-de-obra qualificada".

Sobre o impacto da nova planta, a ambientalista do NAT reserva duras críticas. Segundo Luciana, por mais que a empresa anuncie tecnologias mais limpas para branquear a celulose, o processo é altamente poluente. Ela ressalta que para fazer a pasta de celulose é preciso milhões de metros cúbicos de água. "De onde essa água toda será retirada e de que maneira ela será devolvida ao Lago Guaíba", pondera. Luciana completa afirmando que o processo de branqueamento de celulose sempre será agressivo ao meio ambiente porque não há como deixar de usar soda cáustica e principalmente, o cloro, "mesmo que a empresa negue".

(Por Carlos Matsubara, Ambiente JÁ, 11/07/2007)

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