O governo argentino afirmou reconhecer o direito das nações a um desenvolvimento nuclear pacífico. A importância da atividade na geração de energia foi destacada por um porta-voz da chancelaria a respeito do programa nuclear brasileiro nesta quarta-feira (11/07).
A Argentina reconhece "o direito inalienável das nações para desenvolver os usos pacíficos da energia nuclear", disse o porta-voz, que pediu para não ser identificado.
O porta-voz comentou assim o recente anúncio de Lula sobre a reativação do programa para dotar o Brasil de um submarino atômico e a construção de Angra 3, a terceira central nuclear do país.
O funcionário lembrou que, há dois anos, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Néstor Kirchner reafirmaram "a importância do sistema de verificação dos programas nucleares como mecanismo de confiança e transparência mútua".
Também se comprometeram a aprofundar a cooperação nos usos pacíficos da energia nuclear como fonte confiável, sustentável, limpa e segura para a provisão elétrica.
A Argentina foi o primeiro país latino-americano a desenvolver um plano nuclear e tem em funcionamento, desde 1974, a central de Atucha 1, a primeira da América Latina, e a central de Embalse.
A central de Atucha 2 está sendo construída desde 1981.
Brasil e Argentina são signatários do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP).
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France Presse / Folha Online, 11/07/2007)