Com o objetivo de estabelecer um diálogo transparente com os órgãos ambientais e a própria sociedade, a Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav), a Frenteagro e a Fundação Estadual e Proteção Ambiental (Fepam) formaram hoje um Grupo de Trabalho que pretende qualificar o sistema de distribuição de insumos no RS e garantir o comprometimento com a legislação.
Na reunião desta manhã, onde estiveram presentes o deputado Jerônimo Goergen, técnicos da Fepam e a diretoria da Andav, ficou definida a primeira agenda de trabalho. No dia 08 de agosto, em Porto Alegre, o GT analisará os detalhes da legislação ambiental estadual como forma de tornálá exeqüivel sob o ponto de de ação da distribuição de insumos e produtores veterinários.
O presidente executivo da Andav, Henrique Mazotini, justifica que o setor, apenas no RS, representa a comercialização de quase 70% de herbicidas, fungicidas e inseticidas, empregando veterinarios, técnicos agrícolas e engenheiros agrônomo e florestal. “Por isto, o segmento não pode ser penalizado com taxas ambientais exorbitantes. Os impostos e as taxas sobre o recolhimento de embalagens custam em média 500 reais em outros estado. Mas, aqui, a Fepam chega a cobrar 25 mil reais, justamente para um setor que coloca seu próprio custo local para a devolução das embalagens vazias em benefício do meio ambiente e da sociedade”, revelou Mazotini.
Para o deputado estadual Jerônimo Goergen, coordenador da Frenteagro, é importante que o governo estadual perceba a disposição do setor em discutir estas políticas ambientais específicas, pois se tornou um segmento responsável pela geração de centenas de empregos e que proporciona o retorno de ICMS em vários municípios. “Apenas em 2006, a distribuição de defensivos movimentou 890 milhões de reais no Rio Grande, e parte desta receita resultou em arrecadação de ICMS. A formação deste grupo de trabalho – que tem os produtores de defensivos, a Andav, a Fepam e a Assembléia Legislativa, através da Frenteagro – será importante para que se apresente alternativas que qualifiquem a preservação ambiental e o trabalho das revendas, que dão assistência técnica agronômica aos produtores, com a finalidade de garantir qualidade e segurança aos alimentos que chegam à mesa da população”, destaca Goergen.
(Por Jimmy Azevedo, Agência de Notícias AL-RS, 11/07/2007)