O programa de incentivo à produção de girassol foi reiterado segunda-feira pela secretária municipal de Agricultura e pelo produtor Daltro Dali Diesel, da localidade de Linha Bastos. O projeto, parceria firmada entre Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), incentiva o cultivo de girassol e a geração de biocombustível nas lavouras dos vales do Taquari e Rio Pardo. O propósito é oferecer uma alternativa de renda para o produtor de fumo.
A primeira safra foi colhida em fevereiro, quando o agricultor conseguiu rendimento de 1,36 tonelada de girassol, ao custo de R$ 1.397,21. A área plantada foi de 0,42 hectares. Satisfeito com o resultado, agora Diesel pretende plantar pelo menos um hectare da cultura, pois acredita que o projeto pode ser bastante lucrativo a médio prazo.
Segundo o engenheiro agrônomo Marco Antônio Dorneles, coordenador técnico do projeto, a idéia não é substituir o cultivo do fumo, mas oferecer uma alternativa de renda extra. Ele esclarece que a produção de óleo por meio do girassol, por si só, não é uma fonte rentável. Mas com o acréscimo de outras possibilidades de aproveitamento da planta, como a utilização dos restos na alimentação animal e na manutenção dos motores elétricos, a alternativa passa a se tornar vantajosa e viável economicamente.
Como a lavoura é experimental, o produtor não tem custos com os insumos. Conforme as pesquisas, cada mil quilos de girassol proporcionam 400 litros de óleo, mais a torta que serve para alimentação dos animais. São necessários quatro meses desde o plantio até a colheita.
Os municípios beneficiados no Vale são Arvorezinha, Boqueirão do Leão, Doutor Ricardo, Fontoura Xavier, Itapuca, Marques de Souza, Mato Leitão, Putinga, Sério, Taquari e Venâncio Aires.
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O Informativo do Vale, 11/07/2007)