A Corsan deve investir cerca de R$ 24 milhões em Santa Cruz do Sul (RS) a curto, médio e longo prazo. A informação foi repassada ontem ao prefeito José Alberto Wenzel (PSDB) durante reunião com a superintendência regional da companhia.
Nos últimos dias, a Corsan foi alvo de muitas críticas em função dos constantes rompimentos na rede de água. O prefeito chegou a ameaçar encerrar o contrato com a empresa. Ontem o superintendente José Vilmar Viegas veio a Santa Cruz e garantiu um atendimento melhor à comunidade. Segundo ele, está em fase de conclusão um projeto que vai duplicar a capacidade de tratamento do esgoto sanitário e, em três meses, deve ser apresentado outro que deve dobrar a produção de água. Ainda assegurou que haverá um cuidado especial nas aberturas de ruas para consertos na rede.
Após o encontro, o prefeito detalhou as propostas. A rede de esgoto, que hoje cobre apenas 10% da cidade, será ampliada para 20%, com a implantação de mais 18 quilômetros de tubulações na área central e no Bairro Schulz, que é passagem para a Estação Pindorama. A verba virá do Ministério das Cidades, tendo a Caixa Econômica Federal como agente financeiro. O investimento será de R$ 9 milhões.
ÁGUANo tocante à água, o plano é mais arrojado. A Corsan promete construir uma nova Estação de Tratamento de Água (ETA) junto ao Rio Pardinho para a produção de 400 litros por segundo. Isso significa que iria dobrar a produção atual no Bairro Pedreira. Esse investimento, de R$ 15 millhões, garantirá o abastecimento da cidade por mais 25 anos.
Wenzel disse que saiu otimista da reunião. “As notícias que recebemos são ótimas.” Conforme ele, a questão de um possível rompimento de contrato não chegou a ser tratada. “É um assunto que estamos estudando e que será discutido em outro momento.”
BURACOSA questão dos buracos, que motivou a reunião de ontem em Santa Cruz, também evoluiu. Conforme o prefeito, o superintendente, que estava acompanhado do gerente da unidade, Paulo Stein, e do chefe do gabinete de relações municipais, Júlio César Faccin, garantiu que os problemas serão amenizados. A curto prazo, será feita uma fiscalização maior sobre as empresas terceirizadas que atuam nas redes, a sinalização das obras terá melhorias e haverá um cuidado maior com o material e a compactação do solo. Gradativamente, a rede será substituída e transferida da rua para as calçadas e serão colocadas válvulas retentoras de pressão. Elas funcionam eletronicamente e evitam os rompimentos de canos. Em Santa Maria, esse sistema de equilíbrio teria reduzido em 50% os casos de vazamentos.
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Gazeta do Sul, 11/07/2007)