A primeira etapa de criação de um sistema peruano de proteção à Amazônia, nos moldes do brasileiro e com apoio do Brasil, terá ações nas áreas de sensoriamento remoto e hidrologia, como explicou à Agência Brasil o diretor-geral do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), Marcelo Lopes.
O primeiro já foi abordado em reportagem anterior. O segundo prevê medições conjuntas dos parâmetros hidrológicos, ou seja, o nível de subida e descida dos rios será observado pelos dois países ao longo dos anos. Isso vai contribuir para a padronização de procedimentos, o que, espera-se, ajudará a recuperar rios poluídos ou prejudicados pelo desmatamento.
A capacitação dos peruanos ficará sob responsabilidade da Agência Nacional de Águas (ANA), do Brasil.
"A atividade é importante para ambos os países porque de imediato permitirá o intercâmbio de informações sobre os rios peruanos e brasileiros e futuramente irá contribuir para a recuperação das águas poluídas ou prejudicadas pelo desmatamento", explicou a responsável pela Divisão Ambiental do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) em Porto Velho (RO), Ana Cristina Strava.
A decisão de auxiliar o Peru na elaboração do Sistema de Proteção da Amazônia Nacional (Sipan) foi tomada na semana passada, quando uma comitiva brasileira esteve em Lima, capital do país vizinho.
(Por Amanda Mota, Agência Brasil, 10/07/2007)