A cobrança do tratamento do esgoto misto nas contas de água dos moradores e indústrias instalados na região Metropolitana e no Vale do Sinos estará entre as propostas do relatório final da Comissão Especial sobre as Bacias do Rio dos Sinos e do Gravataí da Assembléia Legislativa. A finalização do documento, que deverá ser apresentado na próxima semana, foi debatida ontem, em audiência pública na Unisinos, em São Leopoldo. Participaram mais de 200 pessoas, entre prefeitos, vereadores, representantes de comitês de bacias e empresas de saneamento, usuários, arrozeiros, industriários, professores e ambientalistas.
Para o presidente da comissão parlamentar, deputado estadual Alceu Moreira, a primeira ação a ser feita é parar de poluir. 'Isso passa por mudarmos nossa maneira de enxergar o rio', disse. Ele sugeriu como alternativa para o tratamento do esgoto misto (cloacal e pluvial) a instalação de lagos de decantação, que receberiam o material. Conforme Moreira, seria possível reduzir em até 70% o volume de esgoto sem tratamento lançado aos dois rios.
A secretária executiva do Comitê de Preservação, Gerenciamento e Pesquisa da Bacia do Rio dos Sinos (Comitesinos), Viviane Nabinger, destacou que a medida mais urgente é tratar o esgoto doméstico dos municípios da região. As prefeituras teriam que captar recursos de instituições financeiras internacionais e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para os projetos.
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CP, 10/07/2007)