Sofás, geladeiras, fogões e pneus são alguns itens presentes em mais de 27 toneladas de entulho retiradas desde o início da dragagem do arroio Dilúvio, há nove meses. Atualmente, o trabalho ocorre na avenida Ipiranga, perto da Santana. O tipo de material descartado nas águas permite ao Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) provar que as comunidades carentes não são as únicas responsáveis pela poluição, disse o diretor-geral Ernesto Teixeira.
Itens mais sofisticados, como rodas de liga leve e garrafas de whisky reforçam, na opinião de Teixeira, a necessidade de educação ambiental não apenas nos bairros mais pobres da cidade. O DEP hoje realiza ações desse tipo em 60 escolas de Porto Alegre, voltadas a estudantes de até 14 anos.
No Dilúvio, a limpeza e dragagem devem demorar mais um ano. 'Estamos dentro do cronograma', ressaltou o diretor-geral. As equipes que executam as obras devem retornar à rua Santa Terezinha, onde a dragagem associada às chuvas liberaram grande volume de resíduos. A operação no Dilúvio, que desde 2001 não passava por desassoreamento, ocorre por meio de convênio entre a prefeitura e o governo do Estado.
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CP, 10/07/2007)