Depois de ter o cargo de vereador cassado, na semana passada, Marcílio Ávila (PMDB) se demitiu, ontem (09/07), da presidência da Santur, por causa do envolvimento com a Operação Moeda Verde. O governo do Estado manteve o apoio ao aliado quando ele teve a prisão preventiva decretada e foi envolvido nas investigações da Polícia Federal, mas a perda do mandato tornou a situação insustentável.
Marcílio Ávila afirmou que renunciou para cuidar de sua defesa no caso da cassação do mandato. Ele disse que tem absoluta certeza que voltará e repetiu que, quando as investigações forem concluídas, será inocentado.
No entanto, garantiu que sua permanência na presidência prejudicaria a Santur.
O ex-vereador explicou que havia firmado um acordo com o governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) de se demitir caso fosse denunciado pelo Ministério Público Federal.
Ávila acredita que, se sua inocência for comprovada, o cargo voltará a ser oferecido.
Novo presidente será definido com o retorno do governadorBaseado nisto, afirmou que mantém os projetos políticos e continua a sonhar com a prefeitura de Florianópolis. O advogado de defesa, Péricles Prade, declarou que a cassação tem irregularidades e o mandato será retomado através da Justiça em, no máximo, um mês.
Ávila afirmou que não trabalhou na aprovação da lei de incentivo à hotelaria, que teria sido elaborada em troca de doações para a campanha do deputado Djalma Berger, irmão do prefeito da Capital. Ele garantiu que ao chegar à Santur não sabia do projeto.
- Não movi uma pena para aprovar essa lei - declarou.
O governador em exercício, Leonel Pavan (PSDB), disse que o futuro presidente da Santur será definido somente após a volta do governador da Europa, prevista para amanhã.
(Por Felipe Pereira,
Diário Cataeinense, 10/07/2007)