O governador Sérgio Cabral sancionou ontem (09/07)duas leis para trazer investimentos privados para o estado. A que criou o programa de parcerias público-privadas do estado (Propar) tem o objetivo de dividir com as empresas privadas a administração e construção de equipamentos públicos, como o Maracanã e presídios. A outra lei, que trata do zoneamento ecológico-econômico, vai viabilizar a plantação de eucalipto em larga escala. O governo acredita ser possível trazer até 1 bilhão de dólares com a celulose.
“Tem grande possibilidade de a gente conseguir a partir do desenvolvimento florestal uma fábrica de celulose. É um investimento da ordem de US$ 1 bilhão. Os pequenos proprietários, que são a grande maioria do Noroeste e do Norte fluminenses, terão possibilidade de gerar renda a partir do desenvolvimento florestal”, explicou o secretário de Desenvolvimento, Júlio Bueno.
A Federação das Indústrias do Estado do Rio de janeiro (Firjan) estima que apenas na região Noroeste serão gerados 2.500 empregos. Segundo ela, poderão ser plantados no período de um ano 5 mil hectares de eucalipto, movimentando R$ 15 milhões. A lei aprovada na Assembléia Legislativa reduziu o percentual de área de mata nativa nas plantações de monocultura de 30% para entre 12% e 20%. A alteração foi duramente criticada por ambientalistas.
“Às vezes há muita manifestação preconceituosa contra o desenvolvimento. Há umas verdades que se põem no ar e as pessoas ficam com medo de colocar o pé na dividida. Esse governo põe o pé na dividida. O que queremos é o desenvolvimento econômico do estado”, atacou o governador Sérgio Cabral.
(Por Paulo Celso Pereira,
O Dia, 10/07/2007)