A Ventos do Sul Energia negocia com o Ministério de Minas e Energia e com a Eletrobrás a ampliação do contrato de compra de energia do projeto eólico da companhia em Palmares do Sul. A empresa pretende construir um parque eólico de 50 MW (1,4% da demanda média de energia do Rio Grande do Sul) no município gaúcho.
Como a energia eólica é mais cara do que as convencionais, como a hidreletricidade, é necessário algum subsídio para viabilizar economicamente esse tipo de geração. O Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia (Proinfa), do governo federal, já assegurou a compra de 7,5 MW do projeto de Palmares do Sul. A Ventos do Sul tenta aumentar esse número para 50 MW.
O diretor da empresa, Marco Antonio Morales, espera que até o final do ano a conversa com a Eletrobrás e com o Ministério de Minas e Energia resulte em uma conclusão positiva para a companhia. Se isso se concretizar, a construção do parque eólico de Palmares do Sul vai começar e terminar em 2008. O investimento em uma obra como essa é estimado em cerca de R$ 220 milhões.
Além do empreendimento em Palmares do Sul, a Ventos do Sul planeja a implantação de mais 150 MW de geração eólica no País. Os estudos para determinar o local do investimento estão sendo efetivados no Rio Grande do Sul e na região Nordeste do Brasil. A Ventos do Sul já é responsável pelo maior parque eólico nacional, que fica no município de Osório.
Morales admite que ainda são necessárias algumas condições especiais para difundir a geração eólica. As alternativas são programas que garantam a compra dessa energia, como o Proinfa, ou leilões voltados exclusivamente para fontes alternativas. Recentemente, o governo federal promoveu uma disputa dessa natureza, mas Morales acredita que o preço pago para a energia eólica precisa ser mais valorizado do que o preço praticado no leilão.
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JC-RS, 10/07/2007)