As autoridades da Malásia acharam no sul do país um armazém onde estavam escondidos 950 macacos caçados ilegalmente, que seriam vendidos em restaurantes na China e a laboratórios na Holanda, informou a imprensa malaia. Após duas semanas de investigações, agentes do Departamento de Flora e Fauna (DFF) da Malásia acharam o esconderijo no sábado (07/07), no estado de Johor. Eles detiveram três malaios e um indonésio suspeitos de traficar os macacos, segundo o jornal "The Star".
O subdiretor do DFF, Celescoriano Razond, afirmou que os três malaios, entre eles o suposto chefe da rede de compra e venda ilegal de animais, serão acusados de posse ilegal e crueldade. O estrangeiro será entregue às autoridades de Imigração. No mercado negro, a carga valeria até 380 mil ringgit (US$ 112 mil).
Os macacos estavam em péssimas condições, fechados em jaulas sujas e sacos. Mais de 100 estavam mortos. Os veterinários estão tratando dos sobreviventes. Razond disse que os macacos estavam tão famintos que tinham começado a engolir os recém-nascidos e a brigar entre si. O comportamento é muito raro na espécie, em que os animais costumam proteger uns aos outros.
Os macacos serão postos em liberdade de forma gradual em reservas naturais, para evitar que voltem a ser alvo dos caçadores, acrescentou. O macaco de Mentawai, que também vive na parte indonésia da ilha de Bornéu, é uma das mais de 400 espécies do Sudeste Asiático que se encontram na Lista Vermelha de Espécies em Perigo formulada pela União Internacional de Conservação da Natureza.
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Efe, 09/07/2007)