Foi realizada na oite desta segunda-feira (09/07), em Sapucaia do Sul, a quinta e última audiência pública da Comissão de Assuntos Municipais da Assembléia Legislativa gaúcha, na região metropolitana de Porto Alegre, com o objetivo de buscar alternativas para os moradores de áreas próximas a redes de alta tensão. O órgão técnico já esteve em Novo Hamburgo, São Leopoldo, Esteio e Canoas, localidades no Estado com maior número de casos de moradias em situação de risco por conta das linhas de transmissão, de acordo com um levantamento da AES Sul. Em Sapucaia do Sul, 98 famílias residem nessas áreas.
Até agora, em todas as cidades onde a comissão realizou audiências públicas, ficou definido que o tema seria tratado por um grupo de trabalho local, coordenado pelas prefeituras e pelas câmaras de Vereadores, em parceria com o Ministério Público, com as lideranças dos bairros e com as empresa AES Sul e CEEE. Segundo a AES Sul, em maio deste ano, 2.499 famílias em 37 municípios viviam sob as faixas de domínio das linhas de transmissão da concessionária em todo o Estado.
Participaram dos debates em Sapucaia do Sul os deputados Raul Carrion (PCdoB) e Ronaldo Zülke (PT); o promotor de Justiça, Rodrigo Brandalise; o secretário municipal de Planejamento, Carlito Beuren e o engenheiro da Secretaria Estadual de Habitação, Saneamento e Desenvolvimento Urbano, Miguel Ângelo Faria Silva.
Entenda o caso
Em 2003, a Agergs pediu à AES Sul que retomasse as áreas próximas aos eixos das torres de energia elétrica. Dois anos depois, a empresa encaminhou ofícios ao Ministério Público de cada município afetado, e ajuizou ações para a retirada das famílias, que deveriam se manifestar em 15 dias. Em 2006, o grupo de trabalho coordenado pelo deputado Ronaldo Zülke (PT) obteve a suspensão temporária das ações de despejo, além do compromisso da concessionária em atualizar o cadastro das famílias nessa situação.
(Por Vanessa Canciam, Agência de Notícias AL-RS, 09/07/2007)