Um pássaro que cortava os céus dos pampas argentinos há seis milhões de anos --do tamanho de um moderno aeroplano e com mais de 65 quilos-- sempre intrigou os paleontólogos, que se questionavam como a ave, a maior do mundo, conseguia manter-se no ar.
Um estudo divulgado na semana passada por cientistas americanos sugere que o extinto Argentavis magnificens era basicamente um pássaro planador, que aproveitava as correntes ascendentes de ar mais quente. "Depois que se lançava em vôo, não havia problema. Podia viajar
Chatterjee e uma equipe de pesquisadores analisaram a aerodinâmica da ave pré-histórica introduzindo informações sobre seus parâmetros num programa informatizado de simulação de vôo. A análise mostrou que o pássaro, como a maior parte das aves terrestres voadoras, era muito grande, mas que podia elevar-se eficientemente, alcançando velocidades de até
Como os modernos condores, o pássaro se apoiava para pegar vôo nas correntes ascendentes de ar quente dos Andes. O animal também usava colunas ou bolsas de ar ascendentes. Embora tivesse um comprimento de quase seis metros, seu raio de rotação de
"A parte mais difícil era lançar-se em vôo", disse Chatterjee. "Provavelmente usava algumas das técnicas utilizadas pelos pilotos de asa delta, como correr em um terreno inclinado para obter impulso ou correr com o vento a favor",afirmou. O estudo foi publicado nos anais da Academia Nacional de Ciências.
(France Presse, 05/07/2007)