A construtora Boeing vai apresentar em sua sede em Everett seu novo 787 "Dreamliner", o avião inovador, econômico e amigo do meio-ambiente, com o qual a empresa espera revolucionar o tráfego aéreo. A Boeing exporá às 15H30 locais (22H30 GMT) o primeiro exemplar de duas turbinas para 300 jornalistas americanos e estrangeiros que foram convidados para cobrirem o evento.
As vantagens do avião já convenceram 46 clientes a comprarem mais de 640 exemplares, pedidos antes mesmo de sua estréia mundial. A aeronave será utilizada para médias e longas distâncias e terá capacidade para entre 210 e 330 passageiros. Um dos 787, primeiro projeto da Boeing em 13 anos, vai começar a voar no próximo outono (hemisfério norte). A companhia japonesa ANA, que fez um pedido em 2004, prevê que seu "Dreamliner" entre em serviço em 2008.
A Boeing fixou como meta colocar no mercado cerca de 2.000 exemplares até o ano de 2023. Um de seus pontos revolucionários é que ele reduz em 50% a necessidade de alumínio, material até agora onipresente na fabricação de aviões. Desta forma, a metade de sua construção foi substituída por materiais como fibra de carbono. Duas vezes mais sólidos e leves que o alumínio e com maior resistência ao fogo, estes novos materiais para a indústria são as resinas de fibra de carbono, que pela primeira vez são utilizadas para fabricar a fuselagem de um avião.
Segundo a Boeing, os componentes são mais resistentes e duráveis, além de permitirem uma redução de peso que repercute no consumo do combustível. Entre as outras inovações do 787 estão um sistema de comando - que já não será hidráulico, e sim elétrico -, mais comodidade na cabine, janelas maiores e uma pressurização mais confortável do que as atuais. O novo modelo promete maior conservação da aeronave porque "os componentes não se degradam, não haverá problemas de manutenção" como os que se tem atualmente com o alumínio, garantiu Tom Cogan, o principal chefe engenheiro do projeto 787.
(Da Gazeta Press, Correio Braziliense, 08/07/2007)