O ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, informou na sexta-feira (06/07) que o Brasil vai fornecer sua energia excedente à Argentina, que poderá repassá-la ao Chile – país que também utiliza o gás boliviano importado pelos argentinos.
Hubner lembrou que, de uma maneira geral, os países da América Latina, e em especial os do Mercosul, já têm contratos de fornecimento de energia.
“A Argentina está em uma situação difícil hoje, do ponto de vista do suprimento energético, e o Brasil vai vender energia para lá. Nós temos uma série de usinas térmicas, a óleo e mesmo a gás, que estão paradas. Portanto, temos energia disponível. Eles pagam os custos dessa energia e, para a gente, isso é interessante”, disse.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), esclareceu, conta com uma regulamentação que tem dois custos variáveis: “Um custo para a energia comercializada no país por meio do sistema interligado e outro voltado para a exportação”.
Sobre a comercialização para o Chile, Hubner acrescentou que será feita por meio da própria Argentina, que já fornece energia para aquele país. "No momento em que se oferece energia para a Argentina, isto permite que os chilenos também recebam essa energia, uma vez que eles têm contratos de fornecimento do gás que importam da Bolívia”, informou.
(Por Nielmar de Oliveira, Agência Brasil, 06/07/2007)