(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2007-07-09
Além de questionar as conclusões do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), o professor Luiz Molion, PhD em meteorologia, afirma que as projeções podem ter sofrido pressões políticas de governos de países desenvolvidos, como Alemanha e Inglaterra, preocupados com o crescimento de países em desenvolvimento, como o Brasil, que dispõem de maiores reservas naturais para geração de energia, por exemplo. Por isso, teriam interesse em superdimensionar o problema climático.

“A quem interessa o aquecimento global? É uma pergunta que tem de ser feita. É difícil responder, mas pode estar embutido um esquema urdido pelos países ricos para impedir o crescimento dos países em desenvolvimento”, sugere.

O pesquisador Carlos Nobre, integrante do IPCC, responde de forma direta. “Os governos indicam vários nomes de cientistas, mas o painel é independente, não tem representantes de governos. E só entram no IPCC cientistas com muita credibilidade e que sejam atuantes na área de mudanças climáticas. Não existe ‘achismo’ no IPCC, tudo está muito bem embasado e não entramos em aspectos políticos”.

O cientista conta que já participou de três painéis intergovernamentais (1990, 2001 e 2007) e diz que o processo para aprovação dos textos é muito transparente e passa por uma revisão da comunidade científica mundial, além de uma sessão final em que os representantes de governos aprovam o texto final. “Esse processo é o mais transparente do sistema ONU. Se alguém quer criticar alguma conclusão cientifica, podemos debater sem problemas, mas querer desmerecer todo o trabalho do IPCC em função de uma teoria conspiratória é inaceitável”.

A secretária nacional de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, Thelma Krug, acha impossível um relatório elaborado por "500 pessoas" ter esse viés político. Ela afirma que todos os governos tiveram o mesmo peso e que as discussões foram "muito intensas".

Krug reconhece que o IPCC não faz pesquisa, apenas "aglutina conhecimento já existente". E que esse conhecimento é produzido majoritariamente nos Estados Unidos e na Europa. E que o próprio relatório menciona que a questão da coleta de dados é mais limitada nos países em desenvolvimento. Mas diz haver mecanismos para compensar o degrau científico e tecnológico entre os países ricos e os demais.
O IPCC, diz ela, procura assegurar o equilíbrio geográfico e regional através do processo de seleção de cientistas. "Não que o número seja igual de país para país, mas tenta-se fazer um balanço".

Além disso, custeia a participação de cientistas dos países mais pobres através do trust fund, enquanto aqueles dos países ricos pagam a própria fatura. E o fato de serem "convidados" não provoca neles uma sensação de inferioridade e submissão? "Os cientistas não fazem normalmente esse discernimento, são de bom nível".
 
(Por Monique Maia e Julio Cruz Neto, Agência Brasil, 08/07/2007)
 

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -