Aumentar o volume de resíduos recicláveis coletados na Capital a partir de um maior envolvimento da comunidade é um dos focos do trabalho de conscientização feito pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) em meio ao 17º aniversário do Programa de Coleta Seletiva de Porto Alegre, celebrado hoje. A expectativa é chegar ao volume coletado de 120 toneladas/dia até o próximo ano, dobrando a quantidade atual, que subsidia o trabalho dos associados vinculados às 14 unidades de triagem da prefeitura, nas quais atuam 700 pessoas.
O diretor da Divisão de Projetos Sociais, Reaproveitamento e Reciclagem do DMLU, Jairo Armando dos Santos, acrescenta que o aumento do volume coletado tornará viável a utilização dos atuais galpões também no turno da noite. Conforme o diretor, a expansão do programa, que começou com 40 toneladas/dia, inclui a construção de duas novas unidades de triagem na rua Voluntários da Pátria e o recolhimento de lixo seco duas vezes por semana em todos os bairros. Hoje, 78 bairros são atendidos, dos quais 11 têm coleta duas vezes na semana.
A idealizadora do Centro de Educação Ambiental da Vila
Pinto, Marli Medeiros, destaca a mudança que o trabalho nos galpões de
reciclagem opera nas pessoas, incluindo uma geração de renda média mensal de R$
450,00. 'Ele provoca a verdadeira reciclagem humana, mudando totalmente o
perfil dos jovens e adultos da nossa comunidade.' Ela conta que os recursos
obtidos com a reciclagem sustentam o espaço cultural da Vila Pinto, 'onde mais
de 2 mil pessoas participam de oficinas de teatro, dança e cursos de
qualificação profissional'. Marli ensina como é simples contribuir com a coleta
seletiva: 'Não tem erro. Lixo seco em um saco e o molhado
(CP, 07/07/2007)