O preço baixo pago pela cebola na última safra e as chuvas torrenciais no estado do mês de junho, que prejudicaram as sementeiras gaúchas, deverão representar uma redução de até 50% na área no Estado. No ano passado, foram destinados 8 mil hectares para o cultivo. Na região de Antônio Prado, a estimativa é semear 50% a menos do que em 2006 em função dos valores. Já, na região de São José do Norte, calcula-se uma queda de 20% a 50% especialmente em função das precipitações, que prejudicaram as mudas.
De novembro do ano passado a fevereiro de 2007, o valor médio ao agricultor ficou entre R$ 0,07 e R$ 0,10 o quilo do produto. 'Das 140 mil toneladas colocadas no mercado pelo produtor do Estado, aproximadamente, 70% foram comercializadas nestes valores', destaca o técnico da Emater, Paulo Costa, que também integra o Subcomitê Estadual da Cebola.
A baixa cotação deve-se principalmente a grande oferta no mesmo período. Além da produção local, o RS recebeu o bulbo de Santa Catarina e Paraná, além da Argentina. Uma das soluções, segundo ele, dependeria de um acordo entre governos. A sugestão é que a Argentina exporte dois meses depois de a cebola gaúcha estar no mercado. 'Assim não haveria essa super oferta', explica Costa. O país vizinho coloca no Brasil entre 600 mil e 700 mil toneladas. A meta é encontrar alternativas viáveis para os produtores. Por isso, a questão será discutida com entidades de pesquisa e universidades.
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CP, 07/07/2007)