Na tarde de ontem foi realizada a retirada da carga tóxica que estava nos galões carregados por um caminhão que caiu dentro de um banhado às margens da BR 392, entre Pelotas e Rio Grande, na quarta-feira. Parte do produto que vazou dos recipientes na água não pode ser drenada, o que obrigará aos técnicos da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) a monitorarem as condições do local para avaliar a ocorrência de possível dano ambiental.
Os recipientes que armazenavam substâncias como ácidos, fosfórico e sulfúrico, soda cáustica e hipoclorito, foram perfurados e, com o auxílio de uma moto-bomba, tiveram seu líquido retirado. O material foi colocado em outros recipientes e deverá ser submetido à análise. 'Seria arriscado içar os galões, pois poderiam se romper durante a remoção', justificou gerente regional da Fepam, Francisco Finger.
Um guincho, dois caminhões, uma retroescavadeira, além de equipamentos especiais foram usados no trabalho. Durante a operação, o tráfego de veículos ficou lento na estrada e teve de ser controlado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). O caminhão deve ser removido hoje.
Em Palmitinho, a RST 472 foi liberada ao trânsito no ínício da noite. A limpeza da pista, onde um caminhão carregado com 35 mil litros de óleo diesel e gasolina, tombou na madrugada de quarta-feira, foi realizada pelo Corpo de Bombeiros de Frederico Westphalen. Por determinação da Fepam, 25 toneladas de terra contaminada pelo combustível, foram retiradas do local e levadas a um aterro sanitário, em Chapecó (SC).
Dos 35 mil litros de combustível transportados pelo caminhão de Tenente Portela, 20 mil foram recuperados. O vazamento não atingiu recursos hídricos, apenas vegetação rasa e solo do acostamento da rodovia.
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CP, 06/07/2007)