A dragagem do arroio Dilúvio, iniciada há dez meses, já retirou cerca de 27 mil toneladas de areia misturada com lixo. O trabalho das equipes do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) está concentrado, no momento, no trecho entre as avenidas Ipiranga e João Pessoa e deve seguir até a Erico Verissimo. Os trabalhos estão previstos para se encerrarem em setembro.
O diretor da Divisão de Conservação do DEP, Francisco Pinto, disse que impressiona no trabalho a grande quantidade de pneus, fogões, colchões e sofás que são jogados no riacho. "Com o recolhimento destes materiais a equipe de educação ambiental já conseguiu mobiliar a Casa do Arroio", comentou. Segundo ele, em setembro termina o contrato firmado entre o governo estadual e prefeitura de Porto Alegre para a utilização das duas dragas. Uma nova licitação deverá ser aberta para a continuação dos trabalhos.
A idéia é de que as equipes retornem no próximo mês ao ponto onde começaram os trabalhos no trecho entre as ruas Santa Cecília e Silva Só. No local, ocorre o maior acúmulo de material, com risco de transbordamento do arroio em caso de chuva forte. Parte da areia retirada do riacho é utilizada pelo próprio DEP em obras de reconstrução da rede (troca de canos). O restante é enviado para o depósito do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Dmlu) no bairro Serraria, na zona Sul.
Na limpeza é utilizada uma draga do tipo drag-line, que tem uma concha de arraste que faz acumular o material em um dos lados do leito para a secagem. Junto com a draga, também está sendo usada uma escavadeira anfíbia para desassorear os locais sob pontes onde a draga não consegue operar. O transporte do material retirado, após a secagem que dura cerca de dez dias, é realizado durante a noite.
O valor investido pela prefeitura de Porto Alegre na dragagem e limpeza do arroio Dilúvio, o maior em extensão da Capital, com 12 quilômetros, é de R$ 1,1 milhão. Os recursos são utilizados na operação e manutenção das dragas e no transporte de material.
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JC-RS, 06/7/2007)