A Petrobras apresenta hoje (06/07) em Genebra uma alternativa à iniciativa da ONU de reunir 150 multinacionais dispostas a reduzir emissões de CO2. As empresas assinam amanhã um compromisso de limitar emissões, mas a Petrobras ficará de fora. Em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli de Azevedo, alegou que não teria como reduzir o conteúdo carbônico de seu produto. A empresa garante que está tomando medidas para evitar emissões de 18 milhões de toneladas de CO2 equivalente até 2011. Em 2006, emitiu 50 milhões.
Por que a Petrobras não aderiu?O compromisso é muito importante e representa um avanço nas questões climáticas. Mas temos um problema físico. O acordo pede que se reduza o conteúdo carbônico. Sugerimos que o texto fosse mudado e que a redução fosse da intensidade de carbono em nossos produtos. Não posso reduzir o conteúdo de carbono do petróleo.
O que pode ser feito?Vamos produzir outros combustíveis, estimular o mercado de etanol e biodiesel, seremos mais eficientes em outros processos.
E na ONU, o que fará a Petrobras?Proporemos um fórum para discutir as diferenças e políticas para cada setor. Uma coisa é falar da redução em um banco. Outra, em uma petrolífera. Nem todas as petrolíferas assinaram (o compromisso).
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Agência Estado, 05/07/2007)