"Novo Hamburgo está entrando na nova era da coleta seletiva de lixo." A despeito do descontentamento da comunidade diante da suspensão do serviço terceirizado de coleta seletiva de lixo, o titular da pasta de Meio Ambiente, Alvício Klaser, afirmou na última quarta-feira (04/07) que, ao desonerar o poder público do contrato com a empresa Vega Engenharia, cujos serviços de recolhimento seletivo de lixo foram suspensos em 15 de junho, o município saiu ganhando.
Na segunda-feira, Klaser firmou uma parceria com duas cooperat ivas hamburguenses, que desde então intensificam a coleta seletiva em Novo Hamburgo. "Já é visível o aumento do aproveitamento do lixo seco, pois os cooperativos estão desenvolvendo um excelente trabalho", destacou o secretário, lembrando que a parceria ainda resulta em uma economia de R$ 43 mil, custo que a coleta seletiva representava, antes da suspensão do contrato com a Vega. Agora, o custo é zero.
Segundo Klaser, por causa da ausência de um caminhão adequado à coleta seletiva e da ineficiência do serviço anterior, somente 2% do lixo seco estava sendo reaproveitado. "Agora, se a comunidade colaborar, separando o lixo nas residências, este valor pode chegar a 100%." Com o rompimento do contrato com a Vega, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam) vem sendo alvo de inúmeras reclamações. "As pessoas pensam que não há mais coleta seletiva, mas ela está ainda melhor. A Vega continua com a incumbência de recolher todo o lixo orgânico de Novo Hamburgo e as cooperativas ficam com o lixo sólido", diz.
Dois caminhões de lixo estão operando por meio das duas parceiras – a Cooperativa de Reciclagem de Lixo (Cooprel) e a Associação dos Recicladores Amigos do Verde (Arav). Além de atuar nos bairros da cidade, a Cooprel, com 140 integrantes, é responsável pela triagem na Central de Reciclagem de Resíduos Sólidos do bairro Roselândia, enquanto a Arav, com 60, fica com a triagem no Rondônia. Para Klaser, há, sobretudo, geração de renda. O vice-presidente da Cooprel, Jorge Luiz Vieira de Brito, concorda: "Em dois dias é notável a melhora do material coletado e a valorização na venda do lixo reciclável".
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NH, 05/07/2007)