Aliar turismo rural e ecológico com sustentabilidade de uma região que teme a urbanização. Esta é a proposta da Associação Rural de Sapucaia do Sul, que em conjunto com a prefeitura, secretarias, Emater e a Escola Municipal de Ensino Fundamental Alfredo Adolfo Cassel trabalha pelo estabelecimento da Rota Aromática na Zona Rural de Sapucaia.
Na última quarta-feira (04/07), cerca de 30 diretores de escolas do município participaram de um passeio pela região, conferindo belezas e fazendo planos. “Queremos manter essas riquezas intactas. A idéia é dar uma destinação econômica à localidade para manter a região”, afirma o ambientalista Odi Silva, presidente da Associação Rural de Sapucaia do Sul.
A lógica por trás do estabelecimento da Rota Aromática, segundo Silva, é promover a geração de renda às propriedades rurais, para evitar o fracionamento decorrente da venda de áreas de terra. De acordo com o ambientalista, este fracionamento pode resultar na urbanização da área. “Para isso, temos que mostrar as potencialidades da região.”
O projeto prevê o incentivo ao desenvolvimento do turismo rural e ecológico. “A meta é nos tirar do vermelho”, afirma o proprietário do sítio Terra Brava, Wanderlei Logue. “Aqui, vamos receber instrução e passar instrução a quem nos visitar.” A expectativa é grande. Segundo a engenheira agrônoma da Emater, Ana Helena Barbieri, a idéia é “tornar sustentáveis as áreas em no máximo cinco anos.” Para tanto, os donos das terras, além de receber visitantes com atividades, poderão vender produtos cultivados nas propriedades.
FrutosOs primeiros frutos da criação da Rota Aromática, no entanto, já começam a ser colhidos. Após o passeio pelas propriedades, a diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Prefeito João Freitas Filho, Márcia Rebelo, afirmou que pretende levar alunos e familiares até a localidade. “É uma beleza tão rica e nem sabíamos que isso existia em Sapucaia. As crianças vão adorar.” Dentro de duas semanas, será a vez dos vice-diretores das escolas municipais participarem do passeio.
Para Odi Silva, o trabalho ainda está no início. Contudo, o ambientalista afirma que já foi procurado por pessoas interessadas em participar. Silva acredita que o trabalho da Associação Rural combina muito com o do Centro de Educação Ambiental (CEA) de Sapucaia do Sul, do qual também é presidente. “Os trabalhos se fecham. A Associação Rural defende a agricultura que preserva o meio ambiente. Ana também acredita que a Rota Aromática é um importante instrumento de defesa da natureza. “Uma coisa está ligada à outra.”
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VS, 05/07/2007)