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transposição do são francisco
2007-07-05
Manifestantes iniciaram de forma pacífica, na quarta-feira (04/07)), a desocupação de área destinada às obras da transposição do rio São Francisco, em Cabrobó (PE), após Justiça expedir ordem de reintegração de posse. STF ainda analisará ações contrárias ao projeto

SÃO PAULO – O acampamento montado às margens do rio São Francisco na cidade de Cabrobó (PE) foi desocupado nesta quarta-feira (04/7) pelos manifestantes, após oito dias de ocupação. Diante do forte aparato da Polícia Militar de Pernambuco, Polícia Federal e Exército mobilizado na região para cumprir a reintegração de posse da área destinada às obras da transposição do rio São Francisco, os manifestantes deixaram o local de forma pacífica.

Ao desfazer o acampamento, parte dos que estavam na ocupação destacou que pretende reafirmar por meio de outras ações sua posição contrária ao projeto e em defesa de seus direitos. Os índios Truká, por exemplo, que reivindicam historicamente a área em que as obras foram iniciadas, afirmaram que irão cobrar uma conclusão por parte da União, sobretudo junto à Funai (Fundação Nacional do Índio), quanto aos direitos que teriam sobre o território.

Por outro lado, como as ações contrárias ao projeto que correm no Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não tiveram seu mérito analisado em definitivo, há setores que buscarão interceder junto aos ministros do Supremo nesse sentido. Com as obras e licitações para a obra já correndo, o entendimento desses setores é de que o Tribunal precisa se pronunciar a respeito do projeto o quanto antes (leia mais abaixo).

O governo federal havia obtido na sexta-feira (29/6) a decisão favorável para reintegração de posse da área em Cabrobó, a partir de decisão do juiz Georgios Tedidio, da 20ª Vara Federal de Salgueiro (PE), expedida menos de 24 horas após a apresentação da ação. A expectativa da Advocacia-Geral da União (AGU), que ingressara com o pedido, era de que a execução da sentença se desse ainda na segunda-feira (02/7).

Aparato
Segundo Clarice Maia, integrante do acampamento e uma das responsáveis pela assessoria de imprensa dos movimentos, os policiais responsáveis pela desocupação da área realizaram forte pressão sobre os manifestantes desde o início da semana. “Os policiais criaram diversas barreiras para a circulação das pessoas que estavam no acampamento, e parte deles estavam sem farda, à paisana”, contou ela à Carta Maior. Segundo Clarice, quando questionados sobre em que fundamentavam a ação de impedir as pessoas de ir e vir, os policiais afirmavam que “os documentos somos nós”.

Segundo relatos de órgão de imprensa e de manifestantes presentes à região, o aparato das forças militares, impressionante desde o início da ação, ganhou reforços entre a noite desta terça-feira e manhã de quarta. “Hoje chegou um grupo grande da Polícia Federal, com reforço da Polícia Militar, muito bem armados, equipados, com helicóptero, ambulância, ônibus, viatura, todas essas coisas deles”, relatou Clarice.

De acordo com ela, a quantidade de pessoas no acampamento, que chegou a passar de 1.500 na semana passada, era de aproximadamente 500 pessoas na manhã desta quarta. Parte das caravanas que havia participado dos primeiros dias retornaram para suas regiões e os novos manifestantes aguardados ainda não chegado ao local – seja pelas barreiras policiais, seja pelo temor de que se envolver em um possível confronto, seja pelas dificuldades de mobilização. Clarice concluiu a entrevista explicando que, “hoje sairemos daqui, junto com os outros movimentos”, mas frisou que “a questão das terras indígenas não acaba aqui”.

A partir de negociação entre os movimentos e as forças policiais, foram dadas algumas horas para que as pessoas deixassem a área. Após deixarem o local, os integrantes do acampamento seguiram em marcha para o assentamento Jibóia, do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), também em Cabrobó, a cerca de 13 km da área ocupada. A maior parte das pessoas deve seguir no Jibóia, mas isso só será definido após uma assembléia dos movimentos ainda nesta quarta. A assembléia deve discutir também as próximas ações dos movimentos envolvidos no acampamento em relação à transposição.

(Por Antonio Biondi, Agência Carta Maior, 04/07/2007)

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