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Novas espécies de peixe são encontradas no Rio Macaé (RJ)
novas espécies2007-07-05
Eles não chegam a 15 cm de comprimento, têm o jeitão pré-histórico mas, até agora, não tinham sido catalogados pela ciência do século 21. Pesquisadores do programa de pós-graduação em Ecologia da UFRJ pescaram - ou coletaram, como eles preferem - no Rio Macaé, perto de Lumiar, duas novas espécies de peixes até então desconhecidas. São variações do peixe comumente chamado de cascudo, mas pertencem ao gênero Rineloricaria. As novas espécies ainda estão sendo descritas e não foram batizadas.
- São peixes muito especializados - conta a coordenadora do programa de pós-graduação, Érica Caramaschi. - Têm o corpo achatado e a boca em forma de ventosa. Com isso, conseguem viver em leito de rio pedregoso e com água corrente, como o Rio Macaé.
Especialista em peixes, Érica classifica a descoberta, ainda sem nome, como "elemento-chave no ecossistema da bacia do Rio Macaé", a maior localizada inteiramente no Estado do Rio.
- São tipos de peixes raspadores de fundo e comedores de detritos ou algas. Conseguem transformar o limo das pedras em carne. Com isso, servem de alimento para peixes maiores, aves, morcegos e gambás d'água. Encontrar espécies assim sempre é uma experiência muito interessante.
Tão interessante que, antes mesmo de ganharem um nome, os pequenos mereceram espaço na revista especializada internacional Environmental Biology Fish.
- Isso é um documento da biodiversidade e da riqueza inestimável de nosso ecossistema. A região tropical ainda é muito pouco estudada - critica a professora da UFRJ.
Os sem-nome são primos dos cascudos da espécie Pareiorhaphis garbei, endêmicos da bacia do Rio Macaé. Ou seja, só aparecem por ali.
- São espécies ameaçadas. Se o ambiente for desmatado ou aparecer areia naquelas pedras, eles simplesmente desaparecem do planeta - alerta Érica.
O Rio Macaé tem 136 quilômetros de extensão e é estudado pela equipe de pesquisadores desde 2000. A bacia toda chega a 1.765 km² e passa pelos municípios de Nova Friburgo, Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Macaé e Conceição de Macabu.
(Por Rodrigo Camarão, Jornal do Brasil, 05/07/2007)
- São peixes muito especializados - conta a coordenadora do programa de pós-graduação, Érica Caramaschi. - Têm o corpo achatado e a boca em forma de ventosa. Com isso, conseguem viver em leito de rio pedregoso e com água corrente, como o Rio Macaé.
Especialista em peixes, Érica classifica a descoberta, ainda sem nome, como "elemento-chave no ecossistema da bacia do Rio Macaé", a maior localizada inteiramente no Estado do Rio.
- São tipos de peixes raspadores de fundo e comedores de detritos ou algas. Conseguem transformar o limo das pedras em carne. Com isso, servem de alimento para peixes maiores, aves, morcegos e gambás d'água. Encontrar espécies assim sempre é uma experiência muito interessante.
Tão interessante que, antes mesmo de ganharem um nome, os pequenos mereceram espaço na revista especializada internacional Environmental Biology Fish.
- Isso é um documento da biodiversidade e da riqueza inestimável de nosso ecossistema. A região tropical ainda é muito pouco estudada - critica a professora da UFRJ.
Os sem-nome são primos dos cascudos da espécie Pareiorhaphis garbei, endêmicos da bacia do Rio Macaé. Ou seja, só aparecem por ali.
- São espécies ameaçadas. Se o ambiente for desmatado ou aparecer areia naquelas pedras, eles simplesmente desaparecem do planeta - alerta Érica.
O Rio Macaé tem 136 quilômetros de extensão e é estudado pela equipe de pesquisadores desde 2000. A bacia toda chega a 1.765 km² e passa pelos municípios de Nova Friburgo, Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Macaé e Conceição de Macabu.
(Por Rodrigo Camarão, Jornal do Brasil, 05/07/2007)
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