O governador Luiz Henrique da Silveira confirmou ontem (04/07), em Mantova, na Itália, os afastamentos do vereador cassado de Florianópolis e presidente da Santur, Marcílio Ávila, e do também cassado na última terça-feira na Câmara, Juarez Silveira, da Codesc.
Luiz Henrique afirmou que os dois foram informados, assim que a Operação Moeda Verde veio à tona, que, em caso de condenação ou pré-condenação, eles seriam exonerados. Disse ainda, no entanto, que a decisão final será tomada pelo governador em exercício, Leonel Pavan.
O governador foi informado da cassação pela reportagem do Diário Catarinense e pediu um tempo para responder sobre o assunto. Luiz Henrique telefonou para o governador em exercício e para o secretário estadual de Coordenação e Articulação, Ivo Carminati.
Após conversar com eles, confirmou a saída de Silveira e Ávila, justificando que apenas estava fazendo cumprir a palavra dos dois ex-vereadores, que se comprometeram a deixar seus cargos em caso de condenação.
- Eles devem ser exonerados - concluiu Luiz Henrique.
O secretário do Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis, Valter Galina, que acompanha a comitiva catarinense na Itália, disse que, com a cassação, Ávila e Silveira dificilmente ficariam nos cargos. A notícia foi destaque entre os empresários, prefeitos e parlamentares que estão na comitiva. Foi o assunto principal das conversas no hotel em Mantova e no ônibus que levou a delegação à Florença.
No ônibus, alguém perguntou:
- O Renan Calheiros foi cassado?
E teve de ser informado que o caso em questão era catarinense e inédito na Câmara da Capital. O assunto dominou as conversas em todas as poltronas do ônibus. Para o ex-candidato à prefeitura de Florianópolis e hoje secretário de Articulação Internacional do governo do Estado, Vinicius Lummertz, "os vereadores votaram com rapidez e de forma secreta para salvar a própria Câmara".
(Por Renato Igor,
Diário Catarinense, 05/07/2007)