Um dia depois de ter o mandato cassado, o vereador Juarez Silveira (sem partido) voltou à Câmara. Foi cauteloso. Não quis comentar o discurso sobre possíveis irregularidades na Prefeitura e no Legislativo. Seguiu o mesmo comportamento visto em outras ocasiões: criticou Dário Berger, sem chegar a denunciá-lo formalmente. “Não falo mal de ninguém hoje”, disse ele, no início da entrevista em que se definiu como peça fundamental na definição da eleição municipal do ano que vem.
A Notícia – Agora, o que o senhor pretende fazer na vida?
Juarez – Viver.
AN – Mas vai recorrer à Justiça?
Juarez – Vou fazer o que eu tenho que fazer. Buscar na Justiça aquilo que me tiraram ontem (terça) à noite.
AN – O senhor achou injusta a cassação?
Juarez – Acho injusto porque, assim como o meu serviço, todos eles (vereadores) fazem. Foi um fato político.
AN – E sobre as declarações de terça-feira, o senhor pretende falar alguma coisa (sobre Dário Berger) na CPI Moeda Verde ou na Justiça?
Juarez – Vou ver o que vai acontecer. Nesse momento, só vou te dizer o seguinte: o que eu falei ontem eu falei, hoje é outro dia. Eu tô feliz, tô aliviado. Minha pressão tá boa graças a Deus.
AN – Seu relacionamento com o prefeito e os vereadores, como vai ficar?
Juarez – Cada um tem sua consciência. O julgamento será ano que vem, na eleição.
AN – Vai participar da eleição?
Juarez – Se eu não disputar, pode ter certeza que serei uma das pessoas mais importantes no decorrer do processo.
(Por Diogo Vargas e Daniel Cardoso,
A Notícia, 05/07/2007)