Equipes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama/RS) prosseguem com a fiscalização da caça em todo o Estado. A prática está atualmente sob proibição judicial. Segundo o coordenador da Divisão de Fiscalização do IBAMA/RS, analista ambiental Fernando Falcão, a fiscalização da caça é encarada como atividade de rotina devido ao seu caráter permanente no órgão ambiental, mas tem maior ênfase nesta época (até o mês de setembro), período de maior presença de algumas aves migratórias (marrecão e marreca caneleira, entre outras) em determinadas localidades.

Semanalmente são formadas diversas equipes que percorrem diferentes regiões do Estado. O escritório do Ibama em Bagé, por exemplo, concentra as ações de fiscalização nas regiões próximas à Dom Pedrito e Livramento; já o de Santa Maria, na região de Rosário; o de Rio Grande nas proximidades de Canguçu e Arroio Grande. Próximo de Porto Alegre os fiscais percorram nas últimas semanas regiões de Camaquã, Arambaré, Pântano Grande, Encruzilhada, Encruzilhada do Sul, Cristal, Tapes e Dom Feliciano, entre outras. Em geral são feitas barreiras em postos da polícia rodoviária e percorridas estradas vicinais, com o objetivo de coibir a caça de campo ou de banhado, conforme o local.

Santa Maria

A fiscalização motorizada e por barreira na BR 290 (posto da Polícia Federal) realizada de 22 a 25/06 pelo Escritório de Santa Maria incluiu as cidades de Quevedos, Julio de Castilhos, Jarí, São Gabriel, Toropi, São Sepé, São Vicente do Sul e Cacequi. Participaram os fiscais do Ibama e patrulheiros da Policia Rodoviária Federal.

Fronteira

E a equipe de fiscalização do Escritório de Bagé esteve no campo fiscalizando a caça furtiva nos municípios de Dom Pedrito e Sant'ana do Livramento. Segundo o chefe do escritório, analista ambiental Régis Fontana Pinto, apesar dos mais de 500 quilômetros rodados através das estradas vicinais que ligam as duas cidades, e de mais de 30 veículos vistoriados em barreiras rodoviárias, desta vez os fiscais não encontraram nenhuma ocorrência de caça. De acordo com Régis "a caça na região ocorre predominantemente no campo com o uso de cães, para o abate de perdizes, pombas e perdigões". Ele atribui ao mau tempo, "que dificulta a ação dos cachorros", a ausência de caçadores no período da operação.

Outras duas operações de caça já foram realizadas pela equipe do escritório nesta temporada. Em 24/05 a equipe esteve fiscalizando os arredores de Bagé, e entre os dias 31/05 a 04/06 foi a vez de Lavras do Sul, Rosário do Sul, além de Dom Pedrito e Santana do Livramento.

A Superintendência do Ibama/RS informa que não está autorizado o transporte de caça abatida no exterior. Os animais caçados não podem ser trazidos para o Brasil sob pena de autuação. A informação se faz necessária devido às inúmeras consultas sobre o assunto que têm sido feitas junto ao Ibama.

(Por Maria Helena Firmbach Annes, Ascom ibama/RS, 04/07/2007)