O premiê português José Sócrates, presidente em turno da União Européia, disse na quarta-feira (04/07) que os biocombustíveis "são a resposta inteligente" para reduzir as emissões de CO2, "sobretudo no setor dos transportes". "A meta da União Européia é usar 10% de energia com base em combustíveis até 2020, sendo a meta de Portugal mais ambiciosa, porque queremos atingir este valor até 2010", afirmou. As declarações de José Sócrates foram fetas em entrevista conjunta com Luiz Inácio Lula da Silva à emisssora lusa RTP. A entrevista antecedeu a primeira cúpula entre União Européia e Brasil, reunião que lançou a parceria estratégia entre o bloco europeu e a maior economia sul-americana.
Lula
Lula disse que a utilização dos biocombustíveis será uma poderosa arma no combate à pobreza na África e na América Central. Para o presidente brasileiro, um emprego criado em uma indústria brasileira de biocombustíveis corresponde a mil empregos no campo. O presidente do Brasil destacou ainda a importância do acordo fechado entre a Petrobrás e petrolífera lusa Galp Energia na terça-feira para a produção de 300 milhões de litros, manifestando a convicção de que "o mundo irá se curvar ao mercado dos biocombustíveis".
Conselho de Segurança da ONU
Na entrevista, o primeiro-ministro José Sócrates voltou a defender que o Brasil se torne em breve membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, ressaltando, porém, que a União Européia não tem posição definida sobre o assunto. Para Sócrates, "como a ordem mundial está a mudar com uma velocidade vertiginosa, as instituições mundiais também têm que mudar". Lula disse acreditar que a entrada do Brasil no Conselho de Segurança vai acontecer com um reforma da ONU, "para que seja uma instituição multilateral e equilibrada".
(Lusa, 04/07/2007)