Os projetos que constam do plano estratégico do governo para a área de energia, elaborado pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética), são: Sinop, com 461 MW (megawatts), Colider (342 MW), Teles Pires (1820 MW), Foz do Apiacás (275 MW), Magessi (53 MW), São Manoel (746 MW), todas em Mato Grosso, e Marabá (2160 MW), na divisa dos Estados do Pará e Maranhão.
Com a inclusão das novas usinas, a EPE estima agora que o acréscimo de energia nos próximos dez anos alcance 45 mil MW, em um cenário mais modesto, e 50,6 mil MW, num cenário mais otimista. No plano anterior, a expectativa era de um acréscimo de 40 mil MW.
Para o cenário mais modesto, a economia brasileira deve crescer em média 4,2% ao ano até 2016. Já na trajetória de maior crescimento o PIB teria uma variação média de 4,9% ao ano.
Segundo o presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, os estudos de viabilidade desses projetos serão concluídos até meados de 2008.
O acréscimo de energia corresponde a um montante de investimentos de R$ 133 bilhões para geração e de R$ 33,9 bilhões para transmissão, segundo Tolmasquim.
Na revisão do plano, a entrada em operação das usinas hidrelétricas do rio Madeira sofreram o atraso de um ano cada uma. A usina de Santo Antônio (3.150 MW) que, segundo a EPE deve entrar em operação em 2013 e Jirau (3.300 MW) deve começar a funcionar em 2012.
Pelos cálculos da EPE, em 2016, os grandes consumidores de energia --empresas ligadas aos ramos de alumínio, siderurgia, papel e celulose, petroquímica, entre outros-- consumirão entre 133,8 terawatt-hora e 137,9 terawatt-hora. Hoje o consumo deles é de 81,7 terawatt-hora ou 21% do consumo total do país.
Segundo Tolmasquim, para gerar a energia necessária no cenário inferior será preciso construir uma usina de 12 mil MW. "É necessário dois complexos do Madeira para atender a esses consumidores", afirmou.
(Por Clarice Spitz,
Folha Online, 03/07/2007)