Servidores do Ibama/RS decidem acabar com a greve
instituto chico mendes
2007-07-04
Servidores da superintendência do Ibama/RS decidiram, após 50 dias, desmobilizar a greve. A decisão foi tomada na segunda-feira (02/07) em assembléia entre os grevistas. "Ficamos inseguros com o corte do salário", explica o vice-presidente da Associação dos Servidores do Ibama do Rio Grande do Sul (ASIBAMA/RS) Cláudio Liberman. Por determinação do presidente Lula foi descontada a segunda quinzena de maio do pagamento dos servidores parados. A ASIBAMA nacional entrou na justiça para barrar essa determinação, mas ainda assim o ponto de junho foi cortado.
O Ibama de Brasília continua em greve, e hoje (04/07) fará assembléia para definir se continua ou não com a mobilização. No encontro com a bancada do PT, que também será hoje, a pauta é a retirada da MP 366, que divide as atribuições do Ibama e cria o Instituto Chico Mendes. A MP está no Senado e a expectativa é que a votação seja antes do recesso parlamentar, afirma Cláudio Liberman. Ontem (03/07), os servidores do Ibama estiveram reunidos com a Comissão do Meio Ambiente do Senado.
Os servidores do RS vêm apresentando propostas em encontros com o Senador Paulo Paim (PT/RS) e apostam na intervenção dos senadores para a retirada da MP. De acordo com o chefe do Núcleo das Unidades de Conservação (NUC-RS) José Paulo Fitarelli, no início da semana estiveram em contato mais uma vez com o Paim para mostrar a necessidade de uma discussão interna da divisão. "É preciso encontrar uma fórmula para atender as demandas ambientais necessárias no país", justifica. Ele afirma que antes da divisão, existem problemas a serem resolvidos como a regularização fundiária e condição funcional para o desenvolvimento das UCs. "Falta interesse do governo em demonstrar claramente que se preocupa com as áreas protegidas".
(Por Flávia Medeiros, Ambiente JÁ, 04/07/2007)