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biocombustíveis
2007-07-04

Os combustíveis “verdes”, ou biocombustíveis, estão na moda no mundo inteiro – e estão sendo propostos a partir de uma gama sempre maior de plantas. No Reino Unido, eles não apenas reduzem as emissões de carbono, mas o próprio fato de plantar e cuidar dessas plantas cria novos, inesperados e imensos mercados para os donos de terra. Quase um quarto de todas as emissões de carbono na Inglaterra vem dos meios de transporte terrestre – bicicletas motorizadas, motos, automóveis, caminhões, ônibus, trens e outros veículos motorizados. Comparados aos combustíveis fósseis, os de origem biológica reduzem as emissões totais em cerca de 70%. A queima desses combustíveis também libera dióxido de carbono, mas o cultivo das plantas absorve praticamente a mesma quantidade de gás que está na atmosfera.

A Ford é a montadora que fez o primeiro carro europeu a bioetanol, o Focus Flexi Fuel, FFV. A Somerset Biofuels, de Somerset, no sudoeste da Inglaterra, comprou 40 Focus FFV para funcionar 85% em bioetanol, gerado a partir de grãos processados na primeira fábrica de biocombustíveis do país. Junto com eles estão a Green Spirit Fuels, o conselho do condado de Somerset, a polícia de Avon e Somerset, a agência ambiental local e a supridora de água de Wessex.

Inicialmente, os FFV estão queimando etanol importado da Espanha, mas assim que a fábrica local estiver pronta, passarão a queimar o produto próprio. A planta, que deverá entrar em produção no outono (nosso) de 2008, converterá 340 mil toneladas de grãos por ano em 131 milhões de litros de bioetanol. Uma segunda planta já está planejada para Grimsby, no leste da ilha, utilizará 650 mil toneladas de trigo por ano para gerar 200 mil toneladas de etanol.

O Reino Unido precisará de 10 plantas de produção deste tipo para atender às exigências do governo, que em 2010 espera que pelo menos 5% de todos os combustíveis vendidos no país sejam oriundos de fontes renováveis. Isso significará uma redução de um milhão de toneladas de carbono por ano – o equivalente a tirar das ruas um milhão de automóveis.

Em Norfolk, leste da Inglaterra, onde são produzidos os ótimos Lotus, a British Sugar breve estará produzindo 70 milhões de litros de bioetanol por ano numa fábrica em construção em Wissington. O executivo-chefe da empresa, Mark Carr, garante: “Nossa fábrica de bioetanol será um passo significativo no desenvolvimento de combustíveis renováveis no Reino Unido. Esses combustíveis são uma parte essencial de nosso futuro e do futuro de nossos filhos, que contribuirão com significativos benefícios ao ambiente.”

Já a produção de biodiesel poderá usar semente de colza, que é cultivada em um sem-número de fazendas inglesas. A primeira grande fábrica de biodiesel, a Argent Energy, perto de Motherwell, na Escócia, está produzindo 50 milhões de litros por ano, misturados a 5% no diesel mineral. A empresa faz o biodiesel a partir de sebo e de óleo de cozinha usado – ambos hoje sub-produtos de outras indústrias, e que têm pouquíssimos usos alternativos. A fábrica da Argent pode utilizar também uma variedade de outras matérias primas, tipo óleos virgens de colza.

Jim Walker, vice-chairman da Argent Energy, diz: “À medida que o fluxo de biodiesel continua a crescer, pessoas comuns podem contribuir para a luta contra a mudança climática simplesmente através da escolha que elas fazem no posto de combustível.” Muitos supermercados britânicos estão liderando a distribuição de biodiesel com seus próprios postos de reabastecimento. A cadeia Tesco, por exemplo, já vende biodiesel em mais de 200 de seus postos – e recentemente passou a abastecer sua frota de caminhões com uma mistura B50.

(Por José Luiz Vieira, da WEBMotors, com Rob Richley, London Press Service, 02/07/2007)


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