O Plano Decenal divulgado nesta terça-feira (03/07) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estima a necessidade de construção de sete usinas hidrelétricas, levando em conta um crescimento de 4,9% ao ano da economia brasileira até 2016. E prevê queda na participação da energia hídrica na matriz brasileira, dos atuais 84% para 76%. Em contrapartida, a participação da energia proveniente de fontes termoelétricas subirá, no período, de 16% para 24%.
Os estudos de viabilidade e inventário feitos pela EPE mapeiam a localização das sete novas usinas. Cinco deverão ser construídas no Rio Teles Pires, em Mato Grosso; e as outras duas são a de Foz do Apiacás, no Rio Apiacás, também em Mato Grosso, e a de Marabá, no Rio Tocantins, na divisa dos estados do Pará e do Maranhão.
As usinas a serem construídas no Rio Teles Pires são as de Sinop, que deverá operar a partir de julho de 2014, com potência instalada de 461 megawatts (MW); Colíder, com potência instalada de 342 MW, a partir de fevereiro de 2015; Magessi, prevista para operar em abril de 2015 e com potência instalada de 53 MW; São Manuel, com entrada em operação em janeiro de 2015 e potência de 746 MW; e a usina de Teles Pires, prevista para operar a partir de setembro de 2015, com potência de 1,82 mil MW.
A unidade do Rio Apiacás tem previsão de entrar em operação em abril de 2015, com potência de 275 MW, e a de Marabá terá potência instalada de 2,16 mil MW, a partir de dezembro de 2014. Segundo o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, os estudos de viabilidade técnico-financeira das novas unidades deverão estar concluídos até o final do próximo ano e as licitações deverão ocorrer a partir de 2009.
O Plano Decenal lista 76 empreendimentos de geração de energia, dos quais 19 estão em fase de construção; 13 em fase de consultas; nove licitados em 2005/2006; 11 em processo de licitação neste ano; e 24 são empreendimentos indicativos para leilões futuros.
Está prevista a adição média de até 5 mil MW por ano, para os próximos dez anos, enquanto o Plano anterior, de 2006 e 2015, previa oferta média de 4 mil MW anuais.
(Por Nielmar de Oliveira, Agência Brasil, 03/07/2007)