(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2007-07-04
A população de Belo Horizonte terá condições de opinar sobre a emissão de ruídos e barulhos na cidade. O prefeito Fernando Pimentel (PT) disse segunda-feira (02/07)  que irá receber sugestões de moradores, empresários e associações de bares, restaurantes, hotéis e eventos até o próximo dia 17. Aquele interessado em registrar sua idéia deverá procurar a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, na avenida Afonso Pena, 4.000. Pimentel também anunciou que vai entrar com uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) até o início da próxima semana para tentar derrubar a nova Lei do Silêncio (nº 9.341).

O projeto foi aprovado na Câmara mesmo depois do veto do Executivo e, caso a lei não seja barrada, passará a valer em agosto. O prefeito avisou que deve enviar aos vereadores, até o próximo dia 20, um projeto elaborado pelo Executivo. O projeto da prefeitura, conforme adiantou O TEMPO na edição do último dia 26 de junho, foi baseado em um relatório da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, entregue ontem à Procuradoria Geral do Município. Ontem a resistência da prefeitura à nova lei ganhou força com o lançamento do movimento "BH não Pode Parar", liderado por empresários e associações.

Eles se reuniram com o prefeito e apresentaram um manifesto contrário à lei. Segundo o presidente do Conselho Consultivo da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, José Aparecido Ribeiro, os empresários consideram que, caso passe a valer, a nova lei vai trazer prejuízos e inviabilizar as atividades de muitos empresários. "É até contraditório porque a prefeitura incentiva na cidade o turismo de eventos e agora vemos uma lei dessas", disse Ribeiro. Um dos principais pontos de polêmica é o limite máximo de 45 decibéis para os estabelecimentos, volume equivalente a um aparelho de TV ligado em volume médio.

A lei atualmente em vigor fala em níveis variáveis de 45 a 70 decibéis. "Estamos dispostos a fechar bares e restaurantes por um dia, ir para a rua e colar nos estabelecimentos fotos dos vereadores que votaram a lei", revelou Ribeiro. Os empresários estão com uma campanha publicitária pronta e dispostos a realizar manifestações para sensibilizar a opinião pública e os vereadores. "Antes do recesso de julho dos vereadores, vamos procurar um por um para apresentar nossos argumentos", afirmou o presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes e Bares de Belo Horizonte e Região Metropolitana, Paulo César Pedrosa.

A secretária municipal de Meio Ambiente, Flávia Mourão, explicou que o relatório da secretaria, apresentado à prefeitura, questiona a aplicabilidade da nova proposta. A retirada da exigência de licenciamento ambiental e a volta do critério antigo de decibéis (de 45 a 70) estaria entre as medidas.Os critérios da Organização Mundial de Saúde e do Ministério do Trabalho seriam usados para embasar a proposta da prefeitura.

"São parâmetros aceitos internacionalmente", disse Pimentel. No final do mês passado, o vereador Carlão apresentou projeto alternativo na Câmara, segundo Flávia Mourão, bem de acordo com o relatório da secretaria. O presidente da Belotur, Fernando Lana, é radical quanto à nova lei: "É tão rígida que, se formos segui-la à risca, teremos que fechar o parque municipal e a Escola Pedro II, próximos de hospitais", ironizou. Ele também defende a flexibilização da nova Lei do Silêncio.


ENTREVISTA - "Nossa entrevista infringiria a lei"


O prefeito Fernando Pimentel se reuniu com empresários do setor de bares, restaurantes e eventos, anunciou que a prefeitura vai entrar com uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) e garantiu que até o dia 20 a proposta de lei do Executivo chegará à Câmara. E brincou: "Nossa entrevista provavelmente infringiria a nova lei". (BM)

O TEMPO - Qual pode ser a solução para o impasse?
Fernando Pimentel - Conversamos hoje (ontem) com um setor importante, os donos de bares e restaurantes. Queremos abrir um diálogo. Ninguém quer uma cidade barulhenta, evidente, mas também não quer uma cidade inviabilizada sob o ponto de vista de setores tão importantes como esses. Acho que Belo Horizonte hoje tem um grau de maturidade suficiente para encontrar um consenso. Vamos coletar sugestões até o dia 15, 16 ou 17 de julho e, depois, elaborar um novo projeto de lei para enviar à Câmara.

O projeto apresentado à Câmara pelo vereador Carlão está alinhado com o que a prefeitura quer? Não vai haver atrito?
Ele é uma tentativa de resolver o problema e é bemvindo, mas o Executivo vai fazer seu próprio projeto. Ele retira o dele, se for o caso.

A atual lei tem muitos problemas na aplicação e há regiões de barulho intenso. Como fazer para que a lei seja cumprida?
A lei é aplicada dentro das condições que o município tem. Por exemplo, a fiscalização age, mas não tem poder para interditar o estabelecimento imediatamente, precisa do apoio da Polícia Militar. Para interdição, temos um prazo previsto na legislação: primeiro a notificação, depois a multa e, só no final, a interdição. Então a lei é aplicada. Pode ser que seja necessário reduzir os prazos. A discussão será feita agora. Acho que a lei é razoável e nós devemos aperfeiçoá- la. Esta nossa entrevista aqui provavelmente infringiria a lei da forma como está redigida.


Prefeito ainda não viu projeto das guaritas

O prefeito Fernando Pimentel ainda não recebeu o projeto de lei que regulamenta as guaritas de vigilância privada na capital. "Não examinei o projeto ainda, mas, se for uma lei adequada para a cidade, vamos promulgá-la", afirmou ontem. Caso a lei seja sancionada, as calçadas de Belo Horizonte poderão receber guaritas para proteção da população. O projeto ficou em tramitação um ano e quatro meses na Câmara antes de ser aprovado, no último dia 29. Depois de receber o projeto, o prefeito tem 15 dias para sancionar ou não a lei.

Como o Código de Posturas não regulamentou as guaritas, muitas pessoas foram autuadas sob a alegação de que os equipamentos prejudicavam o trânsito. Segundo o vereador Fred Costa, propositor do projeto na Câmara, a capital tem cerca de 600 guaritas particulares de segurança. O vereador defendeu o direito de a população se defender diante da violência. Depois da aprovação, a prefeitura deverá estipular as especificações das guaritas, como tamanho e material a ser usado. (BM)

(O Tempo, 03/07/2007)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -