Dentro de aproximadamente três meses, a Multtiserviços Tecnologia Ambiental Ltda. deve entrar junto à Fepam com pedido da licença de operação da central de resíduos sólidos industriais. O empreendimento está em fase de instalação e fica no quilômetro 429 da BR-386 (Tabaí-Canoas) na altura do bairro Sanga Funda. Em uma área de cerca de 15 hectares, o terminal terá capacidade para receber resíduos industriais tais como areia de fundição, papelão, ferro, pneus e plástico.
Além das células (valas impermeabilizadas para enterrar o material que não poderá ser reaproveitado), está sendo construído um pavilhão de reciclagem. O diretor da empresa, Paulo Furman, ressalta que a central atende todas as exigências legais e ambientais. “Temos o termo e a certidão de viabilidade concedidos pela Prefeitura, também realizamos audiência pública, bem como a convocação da população feita por meio do jornal e encaminhamos todos os projetos à Fepam”, cita Furman. O empresário destaca que o local não é um lixão como vem sendo chamado pelos moradores e pessoas contrárias à presença da central de resíduos no município. “Não tem cheiro, não emite gases e não tem lixo orgânico. Lixão é bem diferente, é um lugar onde o lixo é depositado a céu aberto”, defende Furman.
De acordo com a Fepam, o futuro do empreendimento em Nova Santa Rita depende da Justiça. A vereadora Giovanna Fagundes (PT) ingressou em abril deste ano com ação popular contrária a instalação. Na ocasião ela solicitou uma liminar para suspender as obras e também pediu que a empresa não entre em operação. “A liminar já foi negada. Na época em que a Fepam concedeu a licença de instalação não havia empecilho por parte do Município”, salienta a engenheira da Fepam Carmem Niquel.
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Diário de Canoas, 03/07/2007)