O empresário Carlos Amastha protocolou na Polícia Federal (PF) um pedido de acareação com o prefeito de Florianópolis, Dário Berger, e o advogado Marcelo Ramos Peregrino. No documento, ainda acusou o prefeito e o sócio-proprietário do Shopping Iguatemi, Paulo Cezar Maciel da Silva, de vazarem informações referente as investigações.
No texto enviado para a delegada responsável pela Operação Moeda Verde, Julia Vergara, o empresário escreveu que os dois têm uma estratégia combinada para desqualificar o trabalho da PF. Amastha afirmou que o plano deles seria fornecer trechos isolados, fora do contexto e de duvidosa interpretação para prejudicar os resultados da investigação. O pedido para acareação foi protocolado na PF na última sexta-feira.
O advogado Marcelo Ramos Peregrino teve o nome incluído no pedido por ser acusado por Amastha de desistir de uma ação contra o Shopping Iguatemi para beneficiar Paulo Cezar Maciel da Silva.
Relatório de vereadora é aguardado com expectativaOs dois relatores do Conselho de Ética da Câmara da Capital que analisam as denúncias contra os vereadores Juarez Silveira (sem partido) e Marcílio Ávila (PMDB) devem apresentar hoje suas conclusões. A previsão é do presidente do Conselho, vereador João Aurélio Valente Júnior (PP).
A punição aos acusados vai de uma advertência até a cassação dos mandatos. Os dois relatores não adiantam suas conclusões e os acusados, que negam qualquer irregularidade, confiam na absolvição.
Na Câmara de Vereadores, a aposta é que Walter da Luz, ex-secretário de Saúde de Dário Berger, vai sugerir a cassação de Juarez. Essa tendência foi reforçada depois que o vereador partiu para o ataque contra Berger e a prefeitura. O chefe do Executivo adotou a estratégia de não partir para o embate público com Juarez. Nos bastidores, porém, vem trabalhando pela expulsão do ex-aliado da Câmara.
Embora seja considerada mais confortável, a situação de Ávila segue indefinida. O relatório de Ângela Albino (PCdoB) é aguardado com bastante ansiedade. A procuradoria da Casa disse a ela que ambos os vereadores devem ter a mesma penalização.
Qualquer que seja a decisão dos relatores a palavra final é do plenário, que é soberano para decidir.
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Diário Catarinense, 02/07/2007)