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sustentabilidade
2007-07-02

Curitiba chegará no fim deste mês a uma marca histórica: os especialistas no assunto acreditam que ainda em julho a frota da cidade passará a contar com 1 milhão de veículos. Isso levará a cidade à incrível estatística de um carro – ou moto – para cada 1,8 habitantes. Na verdade, em alguns bairros mais ricos, já existem mais veículos do que pessoas. São os casos do Centro, Batel, Alto da XV, Mossunguê, Centro Cívico e Hauer. No bairro campeão de motorização, o Rebouças, há quase três carros para cada pessoa.

Tudo isso leva Curitiba ao título de capital mais motorizada do país. O que pode parecer um motivo de orgulho, no entanto, traz mais transtornos do que alívio para os cidadãos. Mais carros, afinal, significam mais congestionamentos. E enfrentar esse problema exige muito trabalho por parte das autoridades. Ainda mais porque, ao que parece, ninguém está muito disposto a deixar o carro em casa e pegar um ônibus lotado para ir trabalhar.

Levantamento feito pela Paraná Pesquisas, a pedido da Gazeta do Povo, mostra que 82% dos motoristas usam seus carros todos os dias. Mais do que isso. Embora 78% achem que a cidade já tem carros demais, a grande maioria diz que não abre mão do conforto de usar o carro próprio. Dos 407 motoristas entrevistados pelos pesquisadores, só 10% dizem que pensaram um dia em vender o carro e depender exclusivamente do transporte coletivo. Os outros, com congestionamento ou não, querem mesmo é usar seus carros particulares para se locomover pela cidade.

Desafios

“O fato de Curitiba chegar a ter 1 milhão de carros põe por terra dois símbolos da cidade”, opina Fábio Duarte, professor do mestrado em Gestão Urbana na PUCPR. “O primeiro é o da Capital Ecológica. O segundo é o do transporte coletivo eficiente”, afirma. No que diz respeito ao segundo ponto, a população parece concordar em gênero, número e grau. Quando foram perguntados sobre por que não pegavam mais ônibus, os motoristas citaram que eles são lentos, demoram a chegar e são desconfortáveis. Acima de tudo, são superlotados. Mais de 42% afirmaram que não vale a pena andar espremido na condução curitibana das 6 horas da tarde.

A origem do primeiro milhão de carros, no entanto, tem raízes bem mais antigas do que os defeitos do transporte público. “Em alguns lugares, como nos Estados Unidos, há cidades novas que já são pensadas desde o começo para os carros”, conta Claudionor Beatrice, professor de Arquitetura e Urbanismo na PUCPR e no Unicenp. “Curitiba é uma cidade mais antiga e não foi projetada assim, teve de se adaptar aos carros conforme eles apareciam”, diz. E a adaptação nem sempre é fácil. Pelo contrário: exige tempo, muito dinheiro e, principalmente, pessoas com capacidade para imaginar soluções para um problema desse tamanho.

Em Curitiba, a atribuição de achar uma maneira de desatar os nós cabe a dois grupos de técnicos. Um fica no Instituto de Pesquisas e Planejamento Urbano, o Ippuc, e pensa as grandes linhas de desenvolvimento da cidade. O outro fica na Urbs, e é encarregado de melhorar o transporte coletivo e dar um jeito no trânsito do dia-a-dia, com todos os seus problemas.
(Por Rogério Waldrigues Galindo, Gazeta do Povo, 01/07/2007)


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