O Ministério do Meio Ambiente apresenta, nos próximos dias 24 e 25 de julho, em Lisboa, um projeto de cooperação em educação ambiental para a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Elaborada pelo Brasil, com apoio dos governos de Angola e de Cabo Verde, a proposta é resultado de amplo acordo de cooperação na área, assinado em 2006 pelos oito países membros da CPLP: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Portugal e Timor-Leste. O projeto, aprovado previamente, deve ter início neste ano, sob coordenação do Departamento de Educação Ambiental/MMA. Os recursos para sua implantação, orçados em US$ 270 mil, são provenientes do Ministério das Relações Exteriores e do MMA.
O projeto tem dois objetivos centrais: a elaboração do Programa de Educação Ambiental para ser desenvolvido conjuntamente em todos os países de língua portuguesa pertencentes à CPLP e a formação de 16 centros de informação e referência em educação ambiental, chamados Salas Verdes, dois em cada país (um em instituição pública, outro em entidade social). A realização dos dois objetivos, juntamente com a definição das bases de uma campanha internacional de educação ambiental com ênfase nas mudanças climáticas, e o aprofundamento e a qualificação do conceito de educação ambiental, possibilitará aos países da CPLP aprofundarem a integração dos seus gestores e educadores ambientais. Além disso, o projeto fortalece a plataforma de cooperação da CPLP em outras áreas relacionadas, em benefício da proteção ambiental e da sustentabilidade socioambiental das nações envolvidas.
As Salas Verdes terão espaços virtuais de comunicação entre elas para intercâmbio de experiências, opiniões, para a pesquisa, o estudo e a realização de oficinas de formação em educação ambiental. A implementação das Salas Verdes prevê a disponibilização de publicações especializadas sobre educação ambiental e outras questões centrais que afetam o dia-a-dia do planeta, como mudanças climáticas, energias renováveis, combate à desertificação, mitigação dos efeitos da seca, ecoturismo, gestão ambiental marinha e costeira, gestão de resíduos, gestão integrada de recursos hídricos e proteção à biodiversidade. Além disso, a comunidade onde está inserida a Sala Verde participará de processos educacionais definidos em um projeto pedagógico.
Após um ano de implementação do projeto, pretende-se que as 16 Salas Verdes estejam constituídas com um acervo de 200 títulos (cerca de 25 de cada país da CPLP) e atuando junto com a comunidade, contribuindo para a melhoria socioambiental nos países de língua portuguesa.
(Por Rubens Júnior, Ascom MMA, 29/06/2007)