As projeções de aumento de até 3 °C da temperatura média da Terra nas próximas décadas, apontadas por alguns cientistas, podem provocar alterações no clima, que poderão ameaçar a fauna, flora e a sobrevivência dos seres humanos
Efeitos em Santa Catarina
- Maior instabilidade e variação da temperatura e o volume de chuvas.
-Riscos para agricultura, que fica mais vulnerável às mudanças.
-Mais ondas de calor no inverno, alternadas com dias muito frios.
-Períodos prolongados de estiagem.
-Temporais rápidos que provocarão inundações.
-Maior evaporação da água, o que vai exigirá o armazenamento de um volume maior para abastecimento.
-Êxodo rural por causa dos longos períodos de estiagem.
-O nível do oceano poderá subir de 18 a 59 centímetros até o fim do século, causando erosão das praias e inundações das áreas mais baixas, como aterros e lagos.
Abastecimento de água comprometido. O lençol freático será invadido por água salgada.
-Os cardumes de anchoíta e sardinha tendem a migrar para áreas mais frias. Hoje esses cardumes se concentram do Rio Grande do Sul ao Rio de Janeiro.
-Ocorrência de tempestades tropicais e até furacões como o Catarina, que foi o primeiro furacão registrado no Atlântico Sul. Atingiu a costa catarinense e gaúcha no dia 28 de março de 2004. Os ventos chegaram a 150 km/h. Cerca de 35,8 mil residências danificadas, 993 destruídas, 2,4 mil desabrigados, 518 feridos. Três pessoas morreram.
Contra a destruição
-Evitar e combater o desmatamento, que é a principal causa de emissão de gases poluentes no Brasil.
-Mudar os projetos arquitetônicos dos imóveis. Aproveitar o uso de iluminação e ventilação natural.
-Utilizar combustíveis alternativos como matriz energética nas indústrias
Dar preferência ao transporte coletivo. Para curtas distâncias prefira ir a pé.
-Aumentar a eficiência da indústria, usando menos energia para produzir a mesma quantidade de produtos.
-Estimular o uso de fontes alternativas nos automóveis, principalmente os biocombustíveis.
-Utilizar os gás metano, que resulta da decomposição do lixo nos aterros sanitários, como biogás para geração de energia.
-Utilizar técnicas naturais de manejo em vez de grandes quantidades de fertilizantes.
-Renovar a frota de ônibus, evitando que veículos velhos joguem gases poluentes no ar.
-Modificar a matriz energética do país Trocar as termelétricas à base de carvão por pequenas hidrelétricas e parques eólicos.
O que sugerem os especialistas
-Considerar o custo do dano ambiental causado pela queima de combustíveis e repassá-lo aos consumidores e produtores, para estimular a eficiência energética.
-Taxar as emissões de carbono no setor energético. Preço de US$ 20 a US$ 50 por tonelada de dióxido de carbono transformaria o setor, aumentando a participação das fontes renováveis na matriz energética para 35% até 2030.
-Fontes de energia renováveis como a eólica, solar e geotérmica deveriam ser estimuladas.
-Mais eficiência energética, com mudança nos padrões de construção, economia de combustíveis, mistura de biocombustíveis e investimento em serviços de transporte público.
-Novas leis, impostos e mercados de troca de permissões de emissão de carbono
(Clicrbs, Jornal de Santa Catarina, 30/06/2007)