Após mais de um mês, os servidores do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) permanecem em greve.
Os servidores recorreram à Justiça para garantir o recebimento de seus salários depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mandou cortar o ponto dos dias parados.
Os servidores do Incra, em greve desde o dia 21 de maio, já conseguiram na Justiça liminar para garantir o recebimento de seus salários nos Estados de Santa Catarina, Maranhão, Sergipe, Amapá, Amazonas, Piauí, Pernambuco, Ceará e Roraima, além do Distrito Federal. A informação é da Cnasi (Confederação Nacional das Associações dos Servidores do Incra).
Das 30 superintendências regionais do Incra, 29 aderiram à greve nacional --exceto Rio Grande do Sul, segundo a confederação.
Os grevistas reivindicam a contratação de 3.200 funcionários, reestruturação do plano de cargos e salários e protestam contra o projeto de lei que limita por dez anos os reajustes salariais dos funcionários públicos.
Ibama
A greve dos servidores do Ibama foi iniciada no dia 14 de maio. Segundo o presidente da Asibama (Associação Nacional dos Servidores do Ibama), Jonas Corrêa, a greve atinge hoje 19 Estados e o Distrito Federal.
Os servidores do Ibama já conseguiram na Justiça liminar para barrar a decisão do presidente Lula de cortar o ponto do grevistas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Sergipe, Piauí, Amapá e Roraima, de acordo com Corrêa.
Entre as reclamações dos grevistas está a MP (medida provisória) 366, que criou o Instituto Chico Mendes e marcou o início da reestruturação do Ibama. Para os grevistas, esse instituto evidencia a suposta tentativa do governo de pressionar o órgão a acelerar a concessão de licenças ambientais.
(Folha online, 29/06/2007)