Depois de 19 meses de racionamento de água, a população urbana do município, superior a 110 mil habitantes, recebeu ontem por meio do prefeito Luiz Fernando Mainardi e da diretora do Departamento de Água e Esgotos de Bagé (Daeb), Estefania Damboriarena, a notícia mais aguardada do ano. Conforme Estefania, o racionamento mantido até agora como preventivo, pôde ser suspenso em razão da elevação, nos últimos 30 dias, dos índices de precipitação. Em junho, o volume foi de 211,5 milímetros, superando a média do mês, que é de 136 milímetros.
As barragens Emergencial e Piray continuam cheias e a Sanga Rasa, apesar de ainda estar com 1,35 metro abaixo do nível normal, captou água suficiente para garantir que o abastecimento possa ser realizado nas 24 horas. Porém, a diretora do Daeb pediu cautela à população para que não haja excessos e seja evitado o desperdício de água. Estefania Damboriarena admitiu que, caso volte a ser registrado novo déficit hídrico no município, o racionamento poderá ser retomado para evitar risco de colapso no abastecimento nos meses de calor intenso. Desde que começou o racionamento em Bagé, no dia 1º de dezembro de 2005, o problema mais grave foi registrado durante o verão. Na época, a população chegou a receber água apenas seis horas por dia. Mesmo assim, milhares de moradores dos locais mais altos da cidade e aqueles servidos pelas chamadas 'pontas de rede' tiveram quer ser abastecidos pelos caminhões-pipa do departamento, de unidades do Exército e do Corpo de Bombeiros. Para retomar a operação normal, a autarquia realizou, durante três dias, uma série de ajustes e testes.
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CP, 29/06/2007)