A mortandade de peixes no Rio dos Sinos, em outubro do ano passado, continua trazendo preocupação para as comunidades do Vale. A qualidade das águas, consumidas por mais de um milhão de pessoas, motivou o Grupo Editorial Sinos, em parceria com a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), Companhia Municipal de Saneamento de Novo Hamburgo (Comusa) e o Serviço Municipal de Água e Esgoto de São Leopoldo (Semae), a divulgar semanalmente um índice de qualidade em diferentes rios da região.
A novidade ainda não tem data precisa para ser iniciada. Porém, o diretor de Relações com a Comunidade do Jornal NH, Luiz Fernando Gusmão, garante a divulgação para as próximas semanas. Segundo Gusmão, o índice vai apresentar parâmetros para que a comunidade tenha conhecimento dos níveis e, a partir das informações, possa se preocupar mais com a qualidade das águas. Inicialmente, a publicação se dará por uma arte gráfica, o que proporcionará ao leitor fácil compreensão nas pesquisas. Nele, poderão ser encontrados níveis como turbidez e oxigênio dissolvido na água. Para a confirmação desses dados, as instituições de tratamento (Comusa, Corsan e Semae) realizarão pesquisas em diferentes localidades.
O levantamento será feito em Santo Antônio da Patrulha, Campo Bom, São Leopoldo, Novo Hamburgo e Esteio. Vale lembrar que as informações serão da água bruta dos seus respectivos pontos de captação e não da água já tratada, consumida diariamente pela população. Em reunião realizada no Grupo Editorial Sinos esta semana, representantes das três instituições parceiras acertaram os últimos detalhes para a futura divulgação da qualidade das águas. Para Juliana Chaves, gerente de operações do Semae, o índice será um projeto de orientação ao público. “A iniciativa certamente irá ajudar na conscientização das pessoas”, aposta.
Para o chefe de departamento de controle de águas da Corsan, Wilson Dewes, só a organização refletirá bons resultados nesta questão. “Somente o engajamento de toda a sociedade poderá reverter a situação crítica dos nossos rios.” Já o engenheiro civil da Comusa, Délcio Altmann, declara que esse é um momento oportuno para todas as campanhas favoráveis pela melhoria da qualidade e até da quantidade das águas dos rios. “É uma situação nova. É nosso dever realizar esse projeto de consciência e resgate da água.” Além deles, estiveram presentes no encontro Arlindo Räder (Comusa), Maristela Paim (Semae) e Mário Antônio Lovison (Corsan).
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VS, 29/06/2007)