O proprietário da Estância Fazendinha, de Barrinha, perdeu dez toneladas de peixe há dois anos devido à localização irregular de um tanque do pesqueiro. O problema é que o tanque está localizado a menos de 50 metros do leito do rio. Em 99, ocorreu uma cheia, o nível da água subiu e invadiu o tanque, levando todos os peixes. De acordo com o Ibama, um tanque só pode ser construído a cem metros do leito de um rio. -Existia uma barreira mas ela não suportou e rompe, disse o proprietário, Rodolfo Mucha. Atualmente, o tanque serve para a decantação de resíduos das águas que vêm de outros sete tanques da propriedade. Ele afirmou que a situação está regularizada. Um dos problemas apontados pelo estudo elaborado pela pesquisadora Márcia Noélia Eler diz respeito ao impacto ambiental causado pela criação de peixes que não são naturais do habitat da bacia do rio Mogi-Guaçu. Os peixes mais procurados pelos adeptos da pesca esportiva são o black bass e o tucunaré, por oferecerem mais resistência quando fisgados pelos pescadores. Os peixes podem conseguir fugir dos tanques onde estão sendo criados ou depositados, já que as águas que vêm das nascentes do rio passam pelos tanques e reservatórios, desaguando no leito. -Eles [peixes de outras regiões] podem estar contribuindo para a diminuição das espécies, já que são predadores e podem atacar peixes de menor porte existentes na bacia, disse Márcia. (Agência Folha)