A União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio), criada em maio, está pleiteando do Governo Federal o aumento da mistura obrigatória definida em lei de B2 para B5 (de 2% para 5%) na quantidade de biodiesel misturada ao diesel em todo o país. Para a Ubrabio, o aumento do percentual de biodiesel na mistura poderá ser utilizado como um diferencial, um apelo junto ao consumidor, que se dispõe a pagar algo a mais pelo produto diferenciado e ecologicamente correto. A proposta da entidade é que a B5 entre em vigor já no mês de julho
Outra meta é conquistar políticas oficiais que possam diversificar, no futuro, a matriz das matérias-primas para a produção do biodiesel e a sua compatibilização com a produção de alimentos.
Fórum nacionalCom sede em Brasília, a Ubrabio promoverá um fórum nacional permanente sobre os assuntos relacionados ao biodiesel, bem como fóruns estaduais e regionais. A presidência do Fórum Nacional do Biodiesel está a cargo de Odacir Klein, ex-ministro e ex-deputado federal pelo Rio Grande do Sul. "A Ubrabio se propõe como um dos principais fóruns dessas discussões para dar a contribuição do setor a um programa nacional de produção e uso do biodiesel de sucesso", explicou Juan Diego Ferrés, presidente da Comissão Provisória de Formação da Ubrabio.
Entre as principais empresas fundadoras, além da Westfalia, estão a ADM (SP/MT), Agrodiesel (MT), B100 (SP), Barralcool (MT), Bertim (SP), Biocamp (MT), Biocapital (SP), BS-Bios (RS), Caramuru (GO), Fiagril (MT), Granol (RS), IBR (BA), Oleoplan (RS), Ponte di Ferro (SP/RJ) e Prosint (RJ). "A idéia de criar essa entidade nasceu das preocupações dos produtores de biodiesel e de profissionais do setor com a oferta do produto, custos de fabricação e, principalmente, com as definições estratégicas e formulação das políticas e regulamentações do setor", explica Osvaldo Bullara, gerente de Óleos Vegetais da Westfalia Separator do Brasil, que desenvolve projetos e implementa fábricas de biodiesel, uma das 25 empresas fundadoras da entidade.
O BiodieselBiodiesel é um combustível biodegradável derivado de fontes renováveis, que pode ser obtido por diferentes processos, tais como o craqueamento, a esterificação ou pela transesterificação. Pode ser produzido a partir de gorduras animais ou de óleos vegetais, existindo dezenas de espécies vegetais no Brasil que podem ser utilizadas, tais como mamona, dendê ( palma ), girassol, babaçu, amendoim, pinhão manso e soja, dentre outras.
O biodiesel substitui total ou parcialmente o óleo diesel de petróleo em motores ciclodiesel automotivos (de caminhões, tratores, camionetas, automóveis, etc) ou estacionários (geradores de eletricidade, calor, etc). Pode ser usado puro ou misturado ao diesel em diversas proporções. A mistura de 2% de biodiesel ao diesel de petróleo é chamada de B2 e assim sucessivamente, até o biodiesel puro, denominado B100.
Para saber mais sobre o biodiesel acesse: http://www.biodiesel.gov.br/
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Ecoagência, com informações da Valence Imagem Corporativa, 27/06/2007)