(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
angra 3
2007-06-28
Cerca de metade do custo das obras da usina nuclear de Angra 3, estimado de R$ 7,2 bilhões, não deverá ser licitado. O valor corresponde a contratos de obras civis e de fornecimento de equipamentos já assinados e que serão ratificados, com "eventuais ajustes", segundo defende a estatal do setor.

Os dois maiores contratos são da multinacional francesa Areva (R$ 2,02 bilhões por equipamentos e serviços) e da empreiteira brasileira Andrade Gutierrez (R$ 1,21 bilhão para obras civis). Ainda existem cerca de R$ 400 milhões contratados de fornecedores nacionais de equipamentos.

Othon Luiz Pinheiro da Silva, presidente da Eletronuclear, disse que o governo reconhece os acordos já firmados e que eles serão reavaliados só no sentido financeiro. "O contrato [da Andrade Gutierrez] é antigo, mas está em vigor, porque foi revalidado", afirmou.

O ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, informou ontem, por meio de assessoria, que é a favor da avaliação desses contratos. Segundo ele, os que estiverem em condições técnicas serão cumpridos. Os outros serão renegociados.
Na segunda-feira, quando anunciou a retomada de Angra 3, Hubner disse que seria feito o que fosse mais econômico. "Estão sendo levantados os contratos existentes. Vai ser feita uma avaliação para ver o que já tem contrato e o que precisa ser contratado", afirmou.

O parecer da Eletronuclear, referendado pela Minas e Energia, será encaminhado à Casa Civil. Apesar de interino, Hubner é homem de confiança da ministra Dilma Rousseff. Valter Cardeal, presidente interino da Eletrobrás, que controla a Eletronuclear, também é indicação da Casa Civil.

O contrato com a Andrade Gutierrez foi assinado em 1983, após licitação. As obras, iniciadas em 1984, foram paralisadas em 1986. Desde então a empreiteira mantém uma equipe de manutenção do canteiro de obras. A Eletronuclear paga à Andrade Gutierrez pela manutenção de suas instalações, preservação do canteiro e uso de casas. Neste ano, ela deve receber R$ 5,9 milhões.

Em 2001 o CNPE autorizou a Eletronuclear a renegociar o contrato com a empreiteira. Segundo a estatal, isso foi feito e os contratos foram revalidados em 2002. Segundo a Eletronuclear, a revalidação teria sido aprovada pelo TCU (Tribunal de Contas da União). A assessoria do órgão não confirmou a informação ontem.

Como já se passaram cinco anos desde o último acerto com a empreiteira, o contrato terá que ser avaliado novamente. O valor de R$ 1,21 bilhão se refere a um acordo "praticamente renegociado", segundo documentos da própria Eletronuclear.

A multinacional de capital francês Areva tem um contrato de R$ 2,02 bilhões para fornecimento de equipamentos. Desde 2003, a Eletronuclear já realizou oito rodadas de negociação com a empresa, mas as conversas foram interrompidas depois que a Areva apresentou sua estimativa de custo.

A Areva herdou os contratos porque é resultado de fusão da alemã Siemens (titular original do contrato) com a francesa Framatome. A Siemens tinha os contratos originais porque Angra 3 faz parte do acordo nuclear Brasil-Alemanha, assinado em 1975, no regime militar. O contrato foi assinado poucos anos depois, no final da década.

A Eletronuclear tem outros contratos com empresas brasileiras para fornecimento de equipamentos (Bardella, Confab, Cobrasma, Nuclep, Inepar, Siemens do Brasil, KSB, EBSE e Barefame). Algumas já não existem mais, mas seus contratos têm sucessores -e também serão honrados. No total, somam US$ 204,6 milhões.

Pelo cronograma da Eletronuclear, a licença ambiental prévia deve sair até setembro. Se não houver atrasos, a usina estaria concluída em 2013.

Pela estimativa da Eletronuclear, serão necessárias mais licitações. A principal -"montagem eletromecânica"- está orçada em R$ 968 milhões.

(Por Humberto Medina, Folha de S. Paulo, 28/06/2007)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -