Até sexta-feira da semana que vem, dia 6 de julho, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Vereadores da Capital deve selar o destino dos vereadores Marcílio Ávila (PMDB) e Juarez Silveira (sem partido).
Os dois vereadores foram citados pela Polícia Federal (PF) no âmbito da Operação Moeda Verde, deflagrada no dia 3 de maio, em Florianópolis.
Na próxima segunda-feira, os dois relatórios devem ser concluídos e entregues pelos vereadores Walter da Luz (PSDB), que analisa o caso de Juarez Silveira; e Ângela Albino (PC do B), que trata das acusações contra Marcílio Ávila.
A previsão é do presidente do Conselho, vereador João Aurélio Valente Júnior (PP). Depois, os relatórios devem entrar na pauta do dia e ir para votação em plenário, onde precisam de maioria simples (50% mais um) para aprovação ou rejeição.
Os dois relatores não comentam as conclusões tiradas até aqui. Nos corredores da Câmara, porém, é dado como certo o pedido de cassação do mandato de Juarez Silveira pelo relator Walter da Luz, fiel correligionário do prefeito Berger (PSDB).
No caso de Ávila, as apostas vão desde um relatório "brando", pedindo pena de 60 dias de suspensão, até a sugestão pela cassação do ex-presidente da Casa e atual presidente da Santur.
Ambos estão sendo investigados pela suposta quebra de decoro parlamentar por conta da prática de crimes de tráfico de influência e advocacia administrativa. Eles negam.
No início desta semana, Juarez Silveira sofreu sua primeira derrota no Conselho, que negou o pedido do vereador para afastar o parlamentar Gean Loureiro (PSDB), considerado pelo investigado um desafeto seu.
Para hoje à tarde está marcada uma reunião da CPI da Moeda Verde, quando serão apresentados os resultados das apurações feitas em atos considerados suspeitos pela Polícia Federal e que passaram pela Câmara de Vereadores de Florianópolis.
(Por João Cavallazzi,
Diário Catarinense, 28/06/2007)