Desde a última terça-feira (26/06) até quarta (27/06), mais 300 pessoas se uniram aos manifestantes no acampamento em Cabrobó (PE), montado para tentar impedir a continuidade das obras de integração do Rio São Francisco. Segundo a assessoria de imprensa do movimento, atualmente há cerca de 1.500 pessoas no local, incluindo representantes de 16 povos indígenas da Bacia do São Francisco.
Os manifestantes aguardam comunicado da Advocacia-Geral da União (AGU) de reintegração de posse para decidir se irão desocupar a área ou partir para o enfrentamento. Eles estão instalados entre as fazendas Trucutu, Toco Preto e Mãe Rosa, onde deverá passar parte do Eixo Norte, que levará água do Rio São Francisco ao sertão nordestino.
Segundo o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, a área ocupada já foi desapropriada para a execução das obras, portanto é de propriedade da União. A AGU informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que irá propor uma ação de reintegração de posse do local, a pedido do Ministério da Integração Nacional. O objetivo é concluir a ação o mais breve possível, mas o órgão ainda aguarda informações sobre a região.
À tarde, os manifestantes deverão cobrir um buraco feito pelo Exército no local onde estão acampados e arar uma parte da terra para o plantio de mudas. Entre os participantes da manifestação estão indígenas, quilombolas, integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Na última segunda-feira (25), o 2º Batalhão de Construção e Engenharia do Exército começou as obras de destacamento e de topografia para a transposição do Rio São Francisco, em Cabrobó.
(Por Sabrina Craide,
Agência Brasil, 27/06/2007)