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2007-06-28

Evitar a continuação da devastação ambiental do Sul do Amazonas foi o que motivou a reunião de trabalho da última terça-feira (26/06) organizada pela Coordenadoria do Meio Ambiente do Ministério Público Estadual, que reuniu promotores do Acre, Rondônia e Amazonas, bem como os superintendentes do Ibama desses Estados vizinhos, na sede do MPE, na Ponta Negra. "Precisamos agir de uma maneira integrada na Justiça e na fiscalização, com o objetivo de punir quem faz queimadas, corte de madeira ilegal e outros crimes ambientais na região", disse a coordenadora das Promotorias Especializadas na Defesa do Meio Ambiente, Patrimônio Histórico e Urbanismo, Maria José da Silva Nazaré.

A situação nos municípios de Boca do Acre, Lábrea, Manicoré, Apuí e Novo Aripuanã é dramática.  Em todos, fazendeiros desmatam para criar pasto para o gado e madeireiras clandestinas, cortam madeiras nobres para exportar e abastecer o mercado interno. Uma das sugestões feitas pelo superintendente do Ibama em Rondônia, Osvaldo Pittaluga, foi a de que o governo do Amazonas proíba o transporte de "toras in natura" para as madeireiras e serrarias locais.  "Seria uma forma de combater o beneficiamento dessa madeira que é ilegal".

No ano passado, Rondônia registrou a atividade de oitocentas madeireiras, o que praticamente tem inviabilizado o trabalho de preservação ambiental nesta unidade da Federação.  O Ibama, em 2006, aplicou R$ 100 milhões de multas no Estado dirigido pelo governador Ivo Cassol.

No Acre, a situação é igualmente crítica.  O Ibama local aplicou R$ 160 milhões em multas em 2006. A terra da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, vem sofrendo com golpes dos madeireiros e criadores de gado em grande escala.  A fronteira agropastoril continua acelerada, o que tem feito de Boca do Acre, no Amazonas, um dos municípios com maior incidência de focos de calor e queimadas.  Lábrea também sofre com essa expansão clandestina e criminosa.  "Nós temos feito autuações em Boca do Acre, Lábrea e até mesmo em Pauini.  São regiões com pouca fiscalização e onde os crimes ambientais se repetem com freqüência", disse o superintendente do Ibama acreano, Anselmo Forneck.

Rondônia, exemplo a não ser seguido

A promotora do meio ambiente de Porto Velho, Aidee Moser Torquato, vem travando uma luta contra os desmatamentos e a falta de cultura de proteção ambiental do Estado em que atua.  Firme em suas decisões, ela sabe que a expansão da soja, as madeireiras, a criação do gado e, agora, da cana-de-açúcar, matéria-prima para os biocombustíveis, leva, inexoravelmente, à destruição da floresta em pé: "O trabalho da Justiça serve como barreira, mas é necessário muito mais do governo federal e dos governos estaduais".

Na região conhecida como Ponta do Abunã, madeireiros ilegais têm avançado em direção às terras de Lábrea, no Amazonas, criando estradas no meio da mata e abrindo espaço para os grileiros que, com a ajuda de pistoleiros, intimidam as populações tradicionais e ocupam as glebas da União. Os satélites do Serviço de Proteção da Amazônia (Sipam) tudo vêem e apontam para a Polícia Federal e o Ibama onde acontecem as queimadas e a devastação.  Mas uma coisa é identificar a quilômetros de distância, e outra é atuar diretamente em uma região na qual a Lei ainda não saiu do papel.

(Por Antônio Ximenes, A Crítica, 27/06/2007)


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