Os moradores da Vila Garimpo, na Avenida Mauá, reclamam que têm sofrido com a água que desce do novo loteamento no topo da rua, que invade as casas situadas em nível mais baixo. Conforme o presidente da Associação dos Moradores da Vila Garimpo, João Francisco da Silveira Oliveira, o grupo pretendia pedir aos vereadores do município, na sessão da Câmara de ontem (26/06) à noite, para que seja realizada a canalização do arroio, além de solicitar que interditem o loteamento do Copasa e Habiplan.
Segundo Oliveira, 114 famílias estão cadastradas no bairro. Às margens do arroio, são 50 famílias. Antes do loteamento, de acordo com as famílias, não havia inundação de água nem de lama como as de agora. “Estamos pedindo para negociar e conversando com os vereadores. Toda a água do loteamento acaba vindo para nós, levantando o volume de água e prejudicando as famílias. Com a situação resolvida seria o fim da umidade, além de melhorar a limpeza e a higiene”, destaca o presidente.
Ele ainda informa que no ano de 2004 o Estado teria enviado uma verba para as obras para a canalização, mas nada foi feito. As famílias também buscam a indenização de utensílios que acabaram estragados em suas casas. Alexandre Dias, 40 anos, que vive com a mulher Elisabete Andrade dos Santos, 44, e os cinco filhos em uma casa localizada na Vila Garimpo, relata que já sofreu em dias de chuva por conta do alagamento. “Tivemos todo o local invadido pela lama e tivemos de limpar tudo”, conta. Alda Santos de Lima, 61, também reclama que já teve até de mudar a disposição dos móveis para não estragá-los. “Está tudo sempre molhado. É necessário limpar sempre. Fui obrigada a trocar mina cozinha de lugar e abaixo do meu porão enche de água. Se houvesse a canalização melhoria muito para nós”, diz.
De acordo com o prefeito Marcelo Machado (PMDB), uma equipe de técnicos da prefeitura está trabalhando no local desde maio, analisando a melhor maneira de proceder para resolver o problema das cheias no local. Segundo Machado, o alagamento se dá em função de um curso natural de água, que fica muito próximo às casas. “Eles estão analisando o impacto ambiental que o local sofrerá se fizermos
a canalização desse curso d’água, que é o que os moradores querem. Acredito que até o final deste mês teremos um parecer e aí poderemos dizer o que será feito por lá e quando. Mas estamos trabalhando na solução”, disse ele.
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VS Digital, 27/06/2007)